Representante da associação dos transportes prevê normalização das rodovias ainda nesta terça
Ao Morning Show, Francisco Pelucio defendeu desobstrução das estradas e que tensão eleitoral seja resolvida na Justiça: ‘Democracia precisa ser respeitada’
Em entrevista ao programa Morning Show, o representante da Associação Nacional do Transporte de Carga comentou os bloqueios rodoviários que acontecem desde o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. Segundo Francisco Pelucio, a previsão é de que a situação se normalize em São Paulo ainda nesta terça-feira, 1. “Onde eu estou, na sede da NTC, na Dutra, já sentimos um grande movimento de caminhões que começou a passar de uma meia hora pra cá. Então, parece que foi liberado no Vale do Paraíba, também na Dutra. Me parece que o lugar mais preocupante no momento continua sendo a Castelo Branco. O Estado de São Paulo tem diversos pontos, mas acho que até o fim da tarde de hoje vai normalizar. Precisa ser normalizado, a democracia precisa ser respeitada”, disse. “Os nossos caminhões demonstraram na pandemia, nos 2 anos, que não faltou alimento, não faltou medicamento, gasolina e diesel. Fizemos nosso trabalho durante dois anos e pouco. Infelizmente está se repetindo, acho que esse assunto político tem que ser seguido na Justiça e nós não temos nada a ver com isso, temos que continuar trabalhando e abastecendo o nosso país. Isso é um movimento de meia dúzia de líderes dos autônomos, muitas vezes nem tem representatividade, tipo sindicato, essas coisas. Fazem as convocações, isso cresce”, explicou.
Francisco ainda pontuou que os manifestantes são estimulados pelos celulares e rádios e sugeriu que a entidade dos transportes de carga atue junto com as autoridades para prevenir futuros protestos no setor. “Já aconteceu isso em 2018 e vem acontecendo novamente. Temos a informação do Polícia Militar que, dos 90 pontos barrados, já foram liberados 40. Hoje é muito fácil, cada motorista tem seu rádio ou seu telefone celular. Hoje, facilmente vai se comunicando. Infelizmente, nós teríamos que providenciar alguma coisa que não chegasse a acontecer, que barre o negócio no seu início. Isso não tem acontecido, que seja a última vez”, afirmou. “A gente se reúne com as autoridades para que, daqui para a frente, quando sentirmos que vai acontecer alguma coisa, já tomarmos providências para não chegar nesse caos que nós chegamos na parte da manhã do dia 1º de novembro”, concluiu.
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