São Paulo cancela réveillon e mantém obrigatoriedade do uso de máscaras
Informação foi confirmada pelo secretário de saúde da capital paulista, Edson Aparecido, que encaminhou documento da Vigilância Sanitária ao prefeito, com a sugestão
Na manhã desta quinta-feira, 2, o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, confirmou o cancelamento do réveillon na capital paulista. A desobrigação do uso de máscaras ao ar livre no município que estava prevista para o dia 11 de dezembro também foi cancelada. A informação foi reforçada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) em coletiva de imprensa em Nova Iorque, às 10h30 da manhã. Um estudo da Vigilância Sanitária esperado para o próximo dia 5 ficou pronto na noite da última quarta-feira, 1º de dezembro, e foi encaminhado a Nunes com as recomendações de cancelamento. O estudo mostra que a cidade está com bons índices de vacinação, queda do número de mortes, internações e casos da Covid-19, mas reconhece a ameaça da nova variante Ômicron. “Ficou pronto o estudo da Vigilância Sanitária ontem à noite. Apesar dos dados positivos da capital, mas com o surgimento da nova variante, ela indica a manutenção do uso de máscara e o cancelamento da festa de réveillon”, disse Aparecido. Por sua vez, o prefeito reforçou os critérios técnicos da decisão: “Não é opinativa, é uma decisão somente de seguir o que a Vigilância Sanitária definiu no seu estudo. Se faz necessário o monitoramento neste período”. Nunes ainda informou que, no final do mês, a vigilância deverá entregar um novo estudo, que servirá de base para novas decisões, de endurecimento ou relaxamento de restrições.
Segundo o secretário de Saúde, apesar do cancelamento da festa na Avenida Paulista, com shows e grandes aglomerações de pessoas, outras festas particulares e menores, em clubes e restaurantes, por exemplo, devem continuar com permissão para ocorrer. A cidade de São Paulo não deverá passar por mudanças no plano de restrições. Edson Aparecido afirmou ainda que enviou um ofício para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), solicitando uma nova redução de tempo para vacinar a população com a dose de reforço. Atualmente, o intervalo entre a segunda e a terceira dose é de cinco meses, após uma redução feita pelo Ministério da Saúde, e a prefeitura de São Paulo quer que se torne de quatro meses. O secretário de Saúde ainda disse que a capital paulista já tem vacinas suficientes para aplicar imediatamente se o intervalo for reduzido.
Sobre o Carnaval de 2022, Aparecido pontuou que nenhuma decisão foi tomada até o momento e que a questão só deverá ser definida no começo do próximo ano. Já o prefeito Ricardo Nunes disse que vem se planejando para realizar o Carnaval, mas que a festa também será condicionada ao cenário epidemiológico e estudos da Vigilância Sanitária. “A gente não pode deixar de enfatizar a importância que tem o Carnaval para a cidade de São Paulo, por vários aspectos, principalmente pela retomada econômica e pela geração de emprego. A empresa que apresentou a proposta para arcar com todo o custo do Carnaval, em torno de R$ 23 milhões, só essa empresa cadastra 20 mil pessoas para vender o produto dela. É necessário fazer um planejamento para um evento desse tamanho. Estamos planejando para que aconteça”, declarou.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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