Rio de Janeiro e Niterói suspendem atendimento presencial de atividades não essenciais por 10 dias

Entre 26 de março e 4 de abril, haverá toque de recolher das 23h às 5h; bares e restaurantes só poderão funcionar nos sistemas de delivery, drive-thru e de retirada no balcão

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2021 17h57 - Atualizado em 22/03/2021 19h50
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Reprodução/Youtube quatro homens sentados em uma mesa, com um painela atrás com os nomes 'Niterói' e 'Rio' escrito Coletiva ocorreu na tarde desta segunda-feira, 22

Os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), e de Niterói, Axel Grael (PDT), anunciaram, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 22, novas medidas restritivas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus entre os dias 26 de março e 4 de abril. Com os decretos, que serão publicados na terça-feira, 23, haverá um toque de recolher das 23h às 5h. Além disso, estão suspensos o atendimento presencial de atividades não essenciais, o funcionamento presencial de creches, escolas e universidades e de cirurgias e procedimentos eletivos – supermercados e farmácias seguem abertos. As restrições serão reavaliadas em 10 dias, segundo recomendação dos comitês científicos dos municípios.

O transporte público poderá operar normalmente. Bares, restaurantes e lanchonetes só poderão funcionar com os sistemas de delivery, drive-thru e de retirada no balcão – o consumo no local está proibido. O setor de construção civil e o serviço de callcenter poderão funcionar normalmente. Cinemas, teatros, boates, danceterias, salões de beleza, de barbearia e de cabelereiros, assim como parques de diversões, clubes esportivos e serviços de lazer também não poderão abrir. “Os decretos não são idênticos, mas trazem uma sinergia, uma combinação de ações que vão manter esse equilíbrio e essa estratégia conjunta de ação para enfrentar a Covid-19 que estamos vivendo. Estamos vivendo, talvez, o momento mais crítico da trajetória dessa pandemia. Isso nos preocupa demais, as coisas estão acontecendo muito rápido. Hoje estamos em uma situação completamente diferente em relação à última quinta-feira, quando liguei para o prefeito Eduardo Paes [para tratar sobre novas medidas]”, disse Axel Grael.

“Todas as atividades essenciais vão estar abertas. A vacinação vai continuar e o calendário vai avançar e ficar mais forte a cada dia”, resumiu o prefeito do Rio. “Esses 10 dias não são uma festa. Não são para as pessoas comemorarem nada. São 10 dias para as pessoas se preservarem, respeitar a vida dos outros e as suas próprias vidas”, acrescentou. Paes também criticou a postura do governador em exercício do Estado, Cláudio Castro (PSC), que enviou uma proposta de feriado de 10 dias à Mesa Diretora da Alerj que permite, por exemplo, o funcionamento de bares e restaurantes até às 21h. Castro é aliado do presidente Jair Bolsonaro. “Quando há um comando único, claro, quando não há negacionismo, as pessoas respeitam, entendem. As pessoas querem ir para a praia, querem se divertir, mas no momento de maior dificuldade é fundamental que entendam que esse processo é inevitável”, disse Paes. “A gente fez de tudo para que não tivéssemos que tomar essas medidas, mas elas são necessárias”, ponderou.

O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz afirmou que “durante toda pandemia nunca se teve tantas pessoas esperando um leito de UTI como hoje”. Na sequência, Paes destacou que são assustadoras as imagens das filas de 30 ambulâncias com doentes sendo transferidos para hospitais de Acari, no Rio.

 

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