Rio diminui intervalo entre doses da Pfizer de 12 semanas para 21 dias no público acima de 50 anos
Prefeitura da cidade espera alcançar ‘homogeneidade’ na vacinação da faixa etária com a antecipação
A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda que irá reduzir o intervalo de espera entre as duas doses da vacina da Pfizer para 21 dias entre as pessoas acima de 50 anos, em vez das 12 semanas que vinham sendo adotadas. O tempo de 21 dias é o menor previsto na bula do imunizante da Pfizer, embora um estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, tenha demonstrado que a maior proteção ocorre com oito semanas de espera. De acordo com a prefeitura do Rio, 23 mil pessoas nesta faixa etária receberam apenas a primeira dose e o esperado é alcançar uma “homogeneidade” na cobertura. A bula hoje registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a vacina da Pfizer indica preferencialmente um intervalo entre doses de 21 dias. Segundo a empresa farmacêutica, a “segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes”, mas “as indicações sobre regimes de dosagem ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública”.
A pesquisa de Oxford indicou que o intervalo mais longo apresentou benefícios, com níveis de anticorpos neutralizantes duas vezes maiores com tempo de espera de 10 semanas em vez de três, além de obter mais resposta das células que auxiliam a memória imunológica. O problema é que, no período entre a primeira e a segunda doses, o nível de anticorpos declina e as pessoas ficam mais desprotegidas contra o vírus, incluindo a variante Delta. No Rio, mais de 99% da população adulta já recebeu ao menos uma dose das vacinas contra a Covid-19, e 62% já completou o esquema vacinal das duas doses. A cidade também está administrando uma terceira dose na população idosa, com idades entre 84 e 89 anos. O município ainda prevê retomar a vacinação de adolescentes de 13 anos na próxima quarta-feira, apesar da determinação do Ministério da Saúde de interromper a aplicação de imunizantes em jovens entre 12 e 17 anos sem comorbidades.
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