Rio Grande do Sul tem 161 mortos e ainda procura por 82 desaparecidos

Processo de reconstrução do Estado devastados pelas enchentes deve ser longo e com problemas adversos como crise sanitária e aumento na violência

  • Por Heverton Nascimento
  • 22/05/2024 14h17
EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO CHUVAS/RS/PORTO ALEGRE/ALAGAMENTO - GERAL - Um homem de 33 anos, residente na região central de Venâncio Aires (RS), faleceu devido à doença. A prefeitura de Venâncio Aires confirmou o óbito em comunicado, informando que o homem teve contato com águas das enchentes, mesmo tomando precauções como o uso de botas

Chega a 161 o número de mortos no Rio Grande do Sul, em função das enchentes devido às fortes chuvas que atingiram o Estado. O dado consta no balanço atualizado pela Defesa Civil nesta quarta-feira (22). São 467 municípios atingidos, afetando a vida de 2.341.060  de pessoas. O Estado contabiliza 806 feridos e há 82 desaparecidos. Até agora foram resgatados 82.666 pessoas e 12.358 animais. São 581.633 desalojados no Estado e os abrigos atendem 68.345 pessoas. Além das buscas aos 82 desaparecidos, autoridades se concentram agora para a reconstrução do Estado. Há preocupações em diversas frentes, como a sanitária, com o aumento no número de pessoas com leptospirose e a segunda morte registrada na terça-feira (22). Um homem de 33 anos, residente na região central de Venâncio Aires (RS), faleceu devido à doença. A prefeitura de Venâncio Aires confirmou o óbito em comunicado, informando que o homem teve contato com águas das enchentes, mesmo tomando precauções como o uso de botas. A vigilância sanitária local recomenda que a população busque assistência médica ao apresentar os primeiros sintomas da leptospirose, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente na panturrilha) e calafrios. A leptospirose é uma das principais preocupações das autoridades de saúde no Rio Grande do Sul, devido ao risco de infecção pelo contato com água contaminada pela bactéria leptospira, presente na urina de roedores.

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Outro ponto em que a população do Estado deve sofre é a segurança. Especialistas no assunto prevêm aumento da criminalidade, para além dos saques às casas vazias ou da violência nos abrigos, com base em experiência como a vida pós-tragédia do Furacão Katrina, nos Estados Unidos. O portal GHZ realizou um levantamento sobre as vítimas fatais da tragédia até agora e apurou, com base nas informações da Defesa Civil, que 51,4% das pessoas que morreram tinham 60 anos ou mais.

 

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