Rosa Weber defende resposta ‘responsável’ da Justiça sobre investigações de fake news

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2018 17h31
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Ministra Rosa Weber discursando Ministra disse que a "desinformação" tem de ser combatida

Em entrevista coletiva realizada neste domingo (21), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, defendeu a lisura do processo eleitoral e disse que a “desinformação” tem de ser combatida. Sem citar processos específicos, ela afirmou ainda que as ações de investigação devem respeitar o processo legal e que “a justiça eleitoral não combate boatos com boatos, há um tempo para resposta responsável”.

“O TSE dará respostas fundamentadas no âmbito das ações judiciais que são propostas, e as ações judiciais exigem o devido processo legal como previsto na Constituição”, disse. “A desinformação deliberada ou involuntária que visa o descrédito da justiça eleitoral tem que ser combatida, com informação responsável e objetiva, tudo com a transparência que exige o Estado Democrático de Direito”, completou.

Diversas autoridades se reuniram para uma reunião anterior à coletiva em que debateram o combate às fake news no processo eleitoral. Além da presidente da corte, participaram o ministro Tarcísio Vieira e o vice-procurador-geral eleitoral, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann; o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen; a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça; o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Elzio Vicente da Silva; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia.

Na sexta, 19, o TSE deu início a uma ação de investigação eleitoral a pedido do PT diante da suspeita de que empresas possam ter pago a divulgação de notícias falsas contra o partido de modo a beneficiar o concorrente, Jair Bolsonaro (PSL). Em outro procedimento, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar se houve utilização de esquema profissional por parte das duas campanhas com o propósito de propagar notícias falsas. Esse último, segundo Jungmann, tramitará sob sigilo.

Etchegoyen, por sua vez, falou que é preciso “construir uma pacificação”, em um momento que são difundidas muitas preocupações nesta reta final de eleição.

“Já vivemos muitas vésperas do juízo final, muitas vésperas do fim do mundo. Toda e qualquer tentativa de fraudar a legalidade e a legitimidade do processo encontrará pela frente todos os instrumentos de que dispõe o Estado Brasileiro. Não podemos fazer desta semana mais uma véspera de apocalipse”, disse.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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