Secas e queimadas fazem atendimentos devido à má qualidade do ar aumentar até 60%

Diretora do Departamento de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Agnes Soares, reforça importância de manter a hidratação

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2024 20h20
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VINCENT BOSSON/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO queimadas SP - QUEIMADAS/RODOVIA/CLIMA - GERAL - Queimadas perto da Rodovia dos Bandeirantes, na região de Campinas, neste sábado (24), no estado de São Paulo. 24/08/2024 - Foto: VINCENT BOSSON/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

A seca e as queimadas que ocorrem em boa parte do País têm causado efeitos negativos na saúde da população. Estima-se que atendimento em decorrência da má qualidade do ar tenham aumentado em até 60%. O dado, no entanto, é uma projeção com base em relatos de profissionais que atuam na ponta, já que ainda não há estatísticas oficiais sobre o tema. “Há relatos de aumento de até 60% de atendimento, principalmente na parte infantil. E muitos dos municípios solicitam apoio inclusive na preparação para garantir o atendimento de emergência, atendimento crítico, particularmente em casos de crianças, quando existem esses episódios mais críticos de poluição do ar”, disse a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Agnes Soares, nesta segunda-feira(26) em uma coletiva de imprensa com outros membros do governo federal para falar sobre as queimadas em São Paulo.

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Agnes afirmou que não existe monitoramento em tempo real do número de problemas decorrentes das condições climáticas em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Diante das adversidades climáticas que atingem não só São Paulo, mas o Centro-oeste e a Amazônia, o Ministério da Saúde recomenda que as autoridades levem em conta o cenário climático para avaliar a possibilidade de cancelar aulas e suspender atividades que demandem esforço físico. “Se houver possibilidade de redução de atividades, isso tem que ser avaliado em cada situação. É fundamental manter a hidratação. Ela alerta que quando a fumaça gera redução ou perda na visibilidade é um sinal de maior risco do ar para a saúde.

Como é o caso atualmente da umidade relativa do ar associada a um nível muito elevado de partículas (poluentes no ar), isso prejudica o desempenho das crianças e (gera) desconforto no geral. Nesses casos, em cada situação teria que ser avaliado a redução de atividades ou o fechamento de escolas”, afirma Soares. Pessoas com doenças prévias, como hipertensão, diabetes e asma, além de crianças e idosos, devem redobrar o cuidado, por serem mais vulneráveis à poluição do ar. “Recomendamos que se evite exposição ao ar livre quando ocorrem os episódios críticos”, diz Soares. Caso a exposição seja inevitável, a indicação é que as pessoas usem máscaras de proteção.

Desde sexta-feira, 23, São Paulo tem enfrentado um aumento repentino no número de focos de incêndio. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que na sexta, o Estado registrou 1,8 mil focos de incêndio, o maior número desde 1998, quando o dado começou a ser computado. Até o momento, três pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento com os incêndios. O governo federal suspeita que as queimadas tenham sido orquestradas por criminosos. Por outro lado, a gestão estadual afirma não ver elo entre as ocorrências

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Américo

 

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