Secretário de Saúde que vacinou a própria esposa pede exoneração do cargo

Assis Silva Filho afirmou, na solicitação, que decisão é ‘irrevogável’, ‘irretratável’ e de ‘cunho pessoal’; investigação do Ministério Público seguirá normalmente

  • Por Jovem Pan
  • 24/01/2021 20h55
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Reprodução/Facebook Pedido de exoneração foi feito neste domingo, 24

O secretário de Saúde e Assistência Social de Pires do Rio, em Goiás, Assis Silva Filho, pediu exoneração neste domingo, 24. A solicitação ocorre dois dias depois dele ter admitido, em uma rede social, que vacinado a própria esposa, que não pertence ao grupo prioritário, na primeira etapa da imunização contra a Covid-19. Silva Filho afirma que sua decisão ocorre em caráter “irrevogável”, “irretratável” e de “cunho pessoal”. Ele havia sido afastado do cargo por 60 dias, a pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que afirma que o ato do servidor constitui crimes de abuso de autoridade e prevaricação, uma vez que o secretário confessou que se utilizou do cargo movido por sentimentos pessoais – a investigação seguirá normalmente.

Segundo a acusação do MP-GO, seriam vacinados em Pires do Rio, inicialmente, profissionais da saúde, pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência, pessoas a partir de 18 anos com deficiência, moradores em residências inclusivas e a população indígena. Em uma transmissão ao vivo em seu perfil no Facebook, Assis Silva Filho afirmou que quebrou a ordem de imunização na cidade para “preservar a vida e a saúde da mulher da minha vida”. “Apóstolos também erraram e eu também cometi, por um vacilo e um descuido, um erro”, disse.

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