Fiocruz: Risco de 2ª onda da Covid-19 aumenta no Rio, Amapá e Maranhão

Segundo o boletim, o número de novos casos semanais de SRAG no Brasil estabilizou, mas os valores ainda estão em nível considerado muito alto

  • Por Jovem Pan
  • 31/07/2020 19h07 - Atualizado em 31/07/2020 19h08
ELLAN LUSTOSA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoas caminhando em uma rua cheia com uma bandeira do Brasil atrás Foram registradas nas últimas 24 horas 52.383 casos da Covid-19 e 1.212 novas mortes no País

Um boletim semanal produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado nesta sexta-feira, 31, indica que está aumentando o risco de uma segunda onda da Covid-19 nos estados do Rio de Janeiro, Maranhão e Amapá. O primeiro pico de casos da doença foi registrado na primeira quinzena de maio; em junho houve queda constante, mas na segunda quinzena de julho o número de casos voltou a subir. O aumento atinge também as capitais – Rio de Janeiro, São Luís e Macapá, respectivamente. A análise consta do Boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica 30 (de 19 a 25 de julho). O estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-gripe) até 28 de julho.

Segundo o boletim, o número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país estabilizou, mas os valores ainda estão em nível considerado muito alto. Os dados de SRAG estão associados à Covid-19. Entre as ocorrências com resultado positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos ocorreram pelo coronavírus.

Entre os demais Estados e municípios brasileiros, Fortaleza apresenta sinal de estabilização, com sinal fraco de possível retomada do crescimento, e Rondônia manteve crescimento lento. O Paraná indica estabilização após período de crescimento; Amazonas, Roraima e Pará mostram estabilização após período de queda. Apresentam tendência de queda, após período de estabilização, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal. “Em Minas Gerais e Distrito Federal, o sinal ainda é fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. “Como sinalizado nos boletins anteriores, a situação nas regiões e estados do país é bastante heterogênea. Portanto, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais”, disse.

Números

Foram registradas nas últimas 24 horas 52.383 casos da Covid-19 e 1.212 novas mortes no Brasil. Os números totais chegaram a 2.662.482 ocorrências e 92.475 óbitos nesta sexta-feira, 31, uma incidência de mortes de 44 a cada 100 mil habitantes. A letalidade está em 3,5%. Mais de 1,8 milhão de pessoas já se recuperaram da doença no País, e 725.959 (27,3%) estão em acompanhamento. São Paulo está na liderança de casos e mortes, com 542.304 e 22.997, respectivamente. O Rio de Janeiro, que por muito tempo foi o segundo estado a registrar os maiores números de contaminações, está atrás agora da Bahia e do Ceará. O Ceará tem 173.882 casos, a Bahia 166.154 e o Rio, 165.154. No entanto, o RJ registra o segundo maior número de mortes (13.477), enquanto o Ceará contabiliza 7.668, e a Bahia, 3.463 — atrás do Pará, que tem 5.728 óbitos.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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