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Sergio Moro deixa o governo após Bolsonaro trocar comando da PF

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro anunciou nesta sexta-feira (24) que pediu demissão do cargo após a exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal. Moro confirmou a saída do governo em entrevista coletiva, em Brasília.

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A crise começou nesta quinta-feira (23), após o então ministro ser informado pelo presidente Jair Bolsonaro que Valeixo seria exonerado. Moro, então, pediu demissão, mas acabou demovido da ideia após a promessa de Bolsonaro de que o diretor da PF continuaria no cargo. Valeixo, no entanto, foi exonerado a pedido próprio nesta manhã, segundo justificativa publicada no Diário Oficial.

Conhecido por condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em processos da operação Lava Jato, Sergio Moro foi ministro da Justiça desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro do ano passado. Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, ele foi um dos homens fortes e, por muitas vezes, fiadores do governo.

O desgaste entre Moro e Bolsonaro em torno da questão do comando da PF já vinha se desenhando há quase um ano. O presidente tem tentado tirar Valeixo do cargo desde meados do ano passado, sempre com a resistência de Moro. Em agosto, o capitão reformado chegou a dizer que o diretor-geral era subordinado a ele, não ao ministro. “Está na lei que eu indico e não o Sergio Moro. E ponto final”, declarou na época.

Além da crise com Valeixo, Bolsonaro também teve outro entrevero envolvendo a Polícia Federal no ano passado. Ele tentou trocar o então superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por Alexandre Silva Saraiva, que trabalhava no Amazonas. Saadi, no entanto, foi substituído por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco, por decisão da corporação.

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