‘Skaf trata o Sistema S como se fosse dele’, critica Haddad

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/08/2018 13h35
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Antonio Cruz/Agência Brasil Antonio Cruz / Agência Brasil De acordo com Haddad, o Sistema S tem papel central na construção de um ensino médio de melhor qualidade, mas tem sido usado de forma errada

O vice na chapa do PT à Presidência, Fernando Haddad, fez críticas ao presidente da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf. “O Skaf trata o Sistema S como se fosse dele. A gente não sabe se ele é candidato permanente ao governo do Estado ou se é presidente”, disse, durante evento promovido pelo Todos Pela Educação, em São Paulo, nesta quinta-feira, 16.

De acordo com Haddad, o Sistema S tem papel central na construção de um ensino médio de melhor qualidade, mas tem sido usado de forma errada. “O sistema S se apropria de dinheiro público e trata como privado. A contar que eles não reconhecem a característica pública”, argumentou. “Precisamos de mais compromisso do Sistema S com o ensino médio. Vamos exigir isso por lei”.

Na ocasião, Haddad também criticou a reforma do Ensino Médio, feita por medida provisória pelo governo do presidente Michel Temer. “Não acontece por decreto – a MP foi quase um decreto – uma reforma no ensino. O Ensino Médio continua o mesmo desde a edição dessa medida provisória. Pergunte nas escolas.”

Apesar da crítica, Haddad não cravou se irá revogar a MP, apenas se limitou a dizer que pretende usar o Plano Nacional de Educação. “Lá tem toda uma estratégia de reforma que não foi considerada”, afirmou.

Ainda sobre o Ensino Médio, Haddad disse estar convencido de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – cabeça da chapa, mas preso na Operação Lava Jato – fará uma convocação aos governadores para apoiar a área num âmbito estadual. Esse apoio, segundo Haddad, se daria além dos atuais Institutos Federais.

Questionado sobre um eventual nome para a pasta da Educação, Haddad desconversou. Afirmou, entretanto, que Lula vai “puxar pra a mesa dele, de presidente, temas relativos à educação. Ele não vai ter só um ministro prestigiado na Pasta”, disse.

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