Sobe para 28 o número de mortos durante operação da polícia no Jacarezinho

Atualização foi feita pela Polícia Civil nesta sexta-feira, 7, um dia depois da ação; uma das vítimas é um policial

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2021 22h27
Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo - 06/05/2021 Em favela do Rio, morador se esconde atrás de sofá velho na calçada enquanto caveirão da polícia passa pela rua Moradores da comunidade relataram que houve abuso da polícia durante a ação

Subiu para 28 o número de mortos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na operação realizada na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, na quinta-feira, 6. Deste total, uma das vítimas fatais era um policial. A informação foi confirmada pela assessoria da polícia na noite desta sexta-feira, 7. Entretanto, não foi revelado como as novas vítimas fatais foram registradas. Nas redes sociais, moradores da comunidade relataram que houve abuso da polícia durante a operação, com denúncias que vão de invasão de residências e confisco de celulares a execução de pessoas. Em entrevista coletiva na tarde de quinta, a Polícia Civil afirmou que a Operação Exceptis foi completamente legal. “A Polícia Civil não entra em comunidade nenhuma para praticar execuções, mas às vezes precisamos revidar. A Polícia Civil entra para cumprir mandados de prisão deferidos pela Justiça. Sendo assim, a operação deflagrada foi baseada em um inquérito judicial e ocorreu completamente dentro da legalidade”.

Mais cedo, procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu esclarecimentos ao governo do Estado do Rio de Janeiro sobre a operação. O ofício foi assinado nesta sexta, 7, e pede que o governador Cláudio Castro (PSC), o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, e outras autoridades e órgãos estaduais esclareçam as circunstâncias nas quais a operação aconteceu. Além disso, a PGR menciona a possibilidade de responsabilização caso seja comprovado o descumprimento da liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringia a realização de operações do gênero a “casos excepcionais” durante a pandemia da Covid-19.

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