Sondado pelo Planalto, deputado se reúne com Temer para discutir indicação

  • Por Agência Estado
  • 12/01/2016 13h40
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Reprodução/Facebook Deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG) - Facebook

O deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG) se reunirá nesta terça-feira, 12, com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), para conversar sobre a sondagem feita pelo Palácio do Planalto para que ele assuma a Secretaria Nacional da Aviação Civil. Segundo apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Lopes tem interesse em aceitar o convite, mas quer a anuência de Temer, que é presidente nacional do PMDB.

O Planalto vem sondando Lopes para assumir a pasta desde dezembro do ano passado, como parte da estratégia do governo para reeleger o aliado Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Câmara. Isso porque, ao oferecer espaço ao parlamentar mineiro, o Planalto tenta neutralizar a bancada do PMDB de Minas Gerais, que quer indicar um candidato para concorrer com Picciani.

Lopes tem interesse no posto, mas enfrenta resistência principalmente dos deputados Leonardo Quintão e Newton Cardoso Júnior, que disputam a indicação da bancada do PMDB de Minas para concorrer a líder do PMDB.

Peemedebistas da ala pró-impeachment, que pretendem apoiar o candidato mineiro, também são contra Lopes assumir a Secretaria. Eles alegam que a pasta é “esvaziada” e sem representatividade.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Temer tem evitado se envolver diretamente na disputa pela liderança. Ele orientou a bancada a buscar um nome de “consenso”. O discurso faz parte da estratégia do vice para se reeleger presidente nacional do PMDB, sua principal preocupação no momento. Ao pregar isenção, ele evita se indispor com a bancada do PMDB do Rio, uma das com maior peso na convenção nacional da sigla, prevista para março.

Caso Mauro Lopes assuma a Secretaria Nacional da Aviação Civil, ele substituirá Eliseu Padilha (RS). Indicado pelo vice-presidente da República, o ex-ministro deixou o cargo em dezembro do ano passado, logo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatar o pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

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