Governo de SP não vai aumentar horário de funcionamento dos bares até às 23h

Coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 usou como exemplo a Espanha, onde a retomada no número de casos está semelhante ao mês de abril

  • Por Jovem Pan
  • 02/09/2020 14h50 - Atualizado em 02/09/2020 14h53
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SAULO ANGELO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO FLEXIBILIZAÇÃO-QUARENTENA-ABERTURA-BARES-RESTAURANTES - GERAL No total, São Paulo registrou, segundo dados desta terça-feira, 814.375 casos e 30.375 mortes

O governo do Estado de São Paulo informou nesta quarta-feira, 2, que não vai estender o horário de funcionamento dos bares e restaurantes das 22h para às 23h. Em coletiva de imprensa nesta tarde, o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, José Medina, disse que o Brasil precisa aprender com outros países onde a pandemia iniciou antes e agora os casos voltaram a aumentar, como a Espanha. “A flexibilização e abertura dos bares, discotecas, e espaços de lazer noturno foi uma das razões da retomada de casos semelhante ao mês de abril”, afirmou. A Espanha tem registrado uma média de quase 8 mil novas infecções por dia, sendo o país europeu com o maior número desde o início da pandemia, com 479.554 até agora. No total, São Paulo registrou, segundo dados desta terça-feira, 814.375 casos e 30.375 mortes.

Ontem, a Prefeitura de Madri antecipou o final da temporada de verão das piscinas municipais e decidiu fechar os 3,8 mil parques e jardins da cidade entre as 22h e as 6h para evitar multidões. A Câmara Municipal da capital detectou áreas verdes onde são comuns os chamados ‘botellones’, celebrações ilegais ao ar livre com dezenas de pessoas, geralmente jovens, que consomem bebidas alcoólicas e interagem umas com as outras sem medidas de prevenção. São exatamente esses encontros que estão entre os maiores focos do forte surto de transmissão do vírus SARS-CoV-2 durante o verão na Espanha – inverno no hemisfério sul.

Rede pública terá psicólogos para combater efeitos da pandemia

Foi anunciado também o programa “Psicólogos da Educação”, que pretende atender e auxiliar professores e alunos da rede pública estadual de ensino no combate aos efeitos psicológicos da pandemia do novo coronavírus. Ao detalhar o programa, o secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, afirmou que trata-se de uma política “que veio para ficar”. Ele também abortou a campanha do Setembro Amarelo, que visa prevenir o suicídio. Rossieli também voltou a falar sobre o retorno de atividades escolares essenciais a partir do dia 8 de setembro. A volta só será permitida para atividades não curriculares, em cidades que estejam há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. A determinação é priorizar os 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio. Além dos alunos inscritos nestas séries, os estudantes sem acesso a computadores ou conexão de internet para realização das atividades escolares não presenciais ou aqueles que, embora tenham acesso a atividades escolares não presenciais, apresentam dificuldades de aprendizagem, sinais de distúrbios emocionais relacionados ao isolamento social, conforme informado pelos responsáveis, também terão prioridade.

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