Suzane von Richthofen deixa presídio para primeiro dia de aula em faculdade de biomedicina

Condenada por planejar o assassinato dos pais em 2002, ela está no regime semiaberto e já havia tentado iniciar um curso universitário antes

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2021 20h13 - Atualizado em 29/09/2021 20h36
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MARCELO GONCALVES/SIGMAPRESS/ESTADÃO Suzane von Richthofen de cabelos lisos e ruivos e camiseta preta deixando a prisão. Ela sorri Suzane von Richthofen recebeu autorização judicial para ir às aulas

Suzane von Richthofen, condenada por planejar o assassinato dos pais em 2002, começou a frequentar presencialmente o curso de biomedicina na faculdade Anhanguera, em Taubaté-SP. Suzane foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão pelos homicídios e está no regime semiaberto, que permite que o detento saia do presídio durante o dia para trabalhar ou estudar e retorne à noite. Nesta quarta-feira, 29, Suzane deixou a penitenciária de Tremembé e foi até o campus em um carro de aplicativo. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), em nota oficial, destacou que a saída de foi autorizada pela Justiça, que ela será monitorada com tornozeleira eletrônica e que medidas de prevenção ao contágio pela Covid-19 serão tomadas na penitenciária.

Suzane já buscava entrar em um curso de ensino superior nos últimos anos. Em 2020, prestou o Enem e conseguiu uma vaga no curso de Gestão de Turismo no Instituto Federal de Campos do Jordão, mas não foi autorizada pela Justiça a deixar o presídio. Em 2017, buscou fazer o curso de administração em uma instituição católica de Taubaté e, apesar de ter o pedido para financiamento no Fies aprovado, acabou não concluindo a matrícula. Em 2016, também havia tentado administração em uma faculdade particular, e pediu para fazer o curso na penitenciária por medo do assédio fora do local. O pedido foi negado pela Justiça por falta de recursos tecnológicos no presídio, o que a levou a desistir.

Suzane teria ajudado a planejar os assassinatos dos pais, Manfred e Marísia, que foram cometidos em 31 de outubro de 2002 pelo namorado dela na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian Cravinhos. O motivo seria que os três dividissem a herança que Suzane receberia, além da falta de apoio da família ao relacionamento. O caso chocou o Brasil e recebeu bastante atenção midiática. Recentemente, dois filmes sobre o crime foram lançados de forma simultânea: ‘O Menino que Matou meus Pais’, que conta a versão de Suzane, e ‘A Menina que Matou os Pais’, que traz a versão de Daniel.

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