Rogério Caboclo é afastado da presidência da CBF por 21 meses

Presidente da entidade já havia saído de maneira provisória em junho deste ano após ser acusado de assédio moral por uma funcionária; defesa chamou decisão de ‘golpe’ e afirmou que sistema de votação constrangeu os presentes

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2021 17h14 - Atualizado em 29/09/2021 20h47
Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação Rogério Caboclo é o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Rogério Caboclo foi acusado de assédio por uma funcionária da CBF

Os dirigentes das 27 federações estaduais decidiram suspender o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, por 21 meses. A decisão segue a recomendação da Comissão de Ética da entidade e se refere à denúncia de assédio contra uma funcionária. Contando com os meses já passados, Caboclo poderá retornar ao cargo em março de 2023, um mês antes de seu mandato terminar. A decisão foi tomada de maneira unânime nesta quarta-feira, 29, em uma reunião fechada realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Caboclo não pode comparecer e foi representado por advogados. O presidente já havia sido afastado de seu cargo de forma provisória em junho, quando foi acusado de assédio por uma funcionária. Também foram feitas denúncias de uso indevido de recursos da entidade para fins pessoais. Após o afastamento provisório de Caboclo, o Coronel Nunes, vice mais velho da entidade, assumiu o posto de forma provisória. Entretanto, após uma votação, membros da CBF decidiram trocá-lo por Ednaldo Rodríguez, outro vice da entidade.

Em nota, a defesa de Caboclo disse que a decisão é “mais um capítulo do maior e único golpe efetivo deflagrado contra um presidente de entidade esportiva em atividade no Brasil”. Segundo o comunicado, as pessoas que acompanharam a votação, viram o “evidente constrangimento” de vários dos presidentes de federações estaduais. “Muitos deles estavam compromissados com o voto a favor de Caboclo. Mas a coação que resultou em assinaturas de uma lista pedindo a renúncia do presidente legitimamente eleito, na última reunião de presidentes, prevaleceu”, afirma. O sistema adotado consistia em, quem fosse a favor da deliberação da Comissão de Ética, permanecesse sentado, enquanto quem fosse contra, levantasse, o que, para a defesa do presidente da CBF, “criou desconforto ainda maior entre presidentes que tinham ideia de rejeitar o viciado procedimento ético”. “Rogério Caboclo lutará até o fim e utilizará todos os recursos jurídicos cabíveis até a solução definitiva do caso”, conclui o texto.

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