Taxa de prevalência da Covid-19 entre brancos, pretos e pardos está mais próxima em São Paulo

Dado é referente a quantidade de pessoas contaminadas pelo coronavírus em uma população; segundo o inquérito sorológico da prefeitura, a doença está em todas as regiões da cidade

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2021 14h14 - Atualizado em 12/02/2021 14h27
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EFE/ Sebastiao Moreira Pessoas de máscara andando na rua Cerca de 1.960 paulistanos foram testadas e 278 testaram positivo para Covid-19

A Prefeitura da cidade de São Paulo divulgou na manhã desta sexta-feira, 12, o resultado de mais uma fase do inquérito sorológico realizado no município. O levantamento foi realizado com 5.760 munícipes. Desse total, na primeira fase, ocorrida até 7 de janeiro, 1.960 pessoas foram testadas e 278 testaram positivo para Covid-19. Na fase 2, que foi realizada entre 7 e 21 de janeiro, 1.841 paulistanos foram testados e 270 testaram positivos. A taxa de prevalência, que indica a quantidade de pessoas contaminadas pelo coronavírus em uma população, em cada uma das fases, foi de 14,1% e 13,9%, respectivamente. A prevalência estimada pode alcançar 16,4% no intervalo de confiança de 95%. Os números mostram que as diferenças entre as taxas dentro de cada recorte, como raça, classe social e faixa etária, estão diminuindo.

Os números trazidos pelo secretário de Saúde, Edson Aparecido, mostram que a Covid-19 se apresenta de forma praticamente igual em todas as coordenações de Saúde da capital paulista. Apesar das taxas de prevalência quase iguais, a região Centro-Oeste é a que tem o maior número. “A doença realmente se espalhou no conjunto da cidade”, disse Aparecido. Em relação ao recorte de IDH, a população com IDH mais alto apresenta menor taxa de prevalência. Os dados sobre escolaridade revelam que aqueles que estudaram mais se contaminaram menos com o coronavírus. A diferença de prevalência entre as raças está diminuindo. Enquanto nos inquéritos anteriores os pretos e pardos tinham os maiores números, os resultados mais recentes mostram que a taxa entre brancos se aproxima da taxa entre pretos e pardos. Os dados também mostram uma taxa próxima entre diferentes classes sociais. Referente ao regime de trabalho, os que trabalham fora de casa se contaminaram mais do que os que trabalham remotamente e desempregados.

Dos entrevistados, 61,7% afirmaram ter contato com um grupo restrito de pessoas. Quem tem contato apenas com quem mora, a prevalência de 9,5%. Quem tem contato com um grupo restrito, a taxa é de 15,6%. As pessoas que não tem nenhuma restrição em relação ao contato com outras pessoas, o número foi de 20%, o dobro daqueles que convivem apenas com quem mora. Da população entrevistada, 67,5% afirmou não frequentar comércios não essenciais. Sobre os locais, 11,9% disseram frequentar apenas um estabelecimento não essencial, 13,5% relataram frequentar cafés e bares e 13,4% apenas restaurantes. Cerca de 95,2% afirmaram que ainda usam máscaras e 98,7% disseram praticar o distanciamento social. A pesquisa mostrou que a quantidade de indivíduos com anticorpos vem crescendo no município. Na fase 2 de 2020, era de 9,5%. Na fase 1 de 2021, 14,1%. Enquanto na fase 2 de 2021, a taxa foi de 13,9%. Apesar de menor do que a fase 1 deste ano, Edson Aparecido afirma que a sobreposição dos intervalos de confiança confirma o crescimento.

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