Temer cancela viagem ao Rio com medo de desgaste após morte de Marielle

EFE/Joédson Alves Na manhã de ontem, o presidente chegou a postar mensagens e vídeos lamentando a "extrema covardia" no assassinato de Marielle

O presidente Michel Temer cancelou a viagem que faria neste domingo (18) ao Rio de Janeiro para divulgar um balanço de um mês da intervenção federal na segurança do Estado fluminense.

As discussões no Palácio do Planalto ocorriam desde esta quinta (15).

Dentro do Palácio do Planalto a avaliação é de que o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, fortalece a necessidade da intervenção na segurança pública, mas também muda o enfoque positivo, que estava sendo dado até agora.

Marielle Franco era contra a intervenção federal no Rio e pedia a saída do presidente Michel Temer.

Nesta quinta-feira (15), logo cedo o presidente Michel Temer, se reuniu com assessores e ministros para fazer uma primeira avaliação. Durante todo o dia manteve contato com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que passou boa parte do dia no Rio de Janeiro, onde inclusive se reuniu com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Na manhã de ontem, o presidente chegou a postar mensagens e vídeos lamentando a “extrema covardia” no assassinato de Marielle e classificando sua morte como um “atentado à democracia”.

O ministro @Raul_Jungmann estará no Rio de Janeiro para acompanhar as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson. Trata-se de um atentado ao estado de direito e à democracia. pic.twitter.com/X6WwXVRjrX

— Michel Temer (@MichelTemer) March 15, 2018

Logo após a morte da vereadora, o Planalto se mobilizou e o ministro Raul Jungmann passou a madrugada discutindo a questão, como mostrou ontem a colunista Jovem Pan Vera Magalhães.