Tercerizados da Enel são criticados nas redes sociais por gravarem ‘dancinha’ em SP
O vídeo gravado na Avenida Paulista fazia parte de uma ação de marketing para o fim de ano
Um vídeo em que funcionários terceirizados da Enel dançam na Avenida Paulista, em São Paulo, viralizou nas redes sociais e gerou críticas. A capital paulista e a região metropolitana vivem em meio a um apagão desde quarta-feira (10) após vendaval histórico atingir a região. A gravação, feita na sexta-feira (12), era parte de uma ação de marketing.
😬 ⚡️ Funcionários da Enel são vistos gravando dancinha na Av. Paulista enquanto, em São Paulo (SP), mais de meio milhão de clientes estavam sem energia elétrica.pic.twitter.com/eVbKXkNO9k
— République (@republiqueBRA) December 13, 2025
Em nota, a concessionária disse que “acionou a STN para que sejam adotadas as medidas cabíveis”. Já a empresa respondeu que a gravação era voltada a vídeo institucional natalino, “cuja proposta era exclusivamente transmitir a alegria, o engajamento e o orgulho de pertencer à nossa organização”. Também afirmou que os três homens que estavam nas imagens não são eletricistas ou têm outra função operacional.
Além disso, salientou que não teve “a intenção de se associar a fatos externos”. “Em razão de fatores logísticos, cronograma, deslocamento da equipe e restrição de tempo, a gravação no Estado de São Paulo ocorreu na presente data cumprindo cronograma”, acrescentou.
De acordo com a Enel, cerca de 99% dos clientes afetados pelo apagão tiveram a energia restabelecida. Na noite de sexta-feira, a Justiça havia determinado a retomada do serviço em até 12 horas.
A concessionária apresentou piora nos índices de duração e frequência de falta de energia nos últimos 12 meses, com o pior resultado ao menos desde 2022. A situação se dá em um contexto de críticas à qualidade do serviço, especialmente com longos apagões registrados também em outubro de 2024 e novembro de 2023.
A Enel Distribuidora São Paulo chegou a solicitar a antecipação da prorrogação do contrato com o governo federal por 30 anos, mas o pedido foi suspenso temporariamente pela Justiça em outubro.
A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a recomendar que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalie a possibilidade de intervenção federal na companhia, como foi feito no grupo Rede Energia de 2012 a 2014.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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