Toffoli defende subprocurador para escolha de próximo PGR

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2019 14h36
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O presidente Jair Bolsonaro, até o momento, não se comprometeu em seguir a lista tríplice encaminhada pela categoria

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, defendeu nesta segunda (1) que a eleição para a Procuradoria-Geral da República (PGR) leve em consideração um subprocurador para ocupar o posto.

“Do ponto de vista do Supremo, seria importante que seja um subprocurador-geral, que seja alguém da última classe da carreira, porque a lei determina que para atuar nas cortes superiores tem que ser do último grau da carreira”, disse o ministro a jornalistas.

Questionado se considera importante que o ocupante do cargo seja escolhido entre os nomes da lista tríplice encaminhada ao presidente da República pelos integrantes do MP após eleição interna, como tem ocorrido desde 2003, Toffoli disse apenas que “o presidente tem o direito de escolha constitucional”.

O presidente Jair Bolsonaro, até o momento, não se comprometeu em seguir a lista. Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, a escolha do próximo PGR será feita levando-se em consideração “todas as circunstâncias”.

Em entrevista no mês passado, Bolsonaro disse que vai “estudar” a lista, mas que observa a “Constituição” na escolha do próximo PGR, que deve ser feita “aos 48 do segundo tempo”. As regras constitucionais determinam somente que o cargo seja ocupado por algum membro do MP, não prevendo lista ou nível hierárquico como critério para a seleção.

Na lista encaminhada pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) ao presidente, constam, em primeiro e segundo lugar, dois subprocuradores-gerais – Mario Bonsaglia e Luiza Frischeisen, respectivamente. O procurador regional Blal Dalloul é o terceiro nome.

O mandato de Raquel Dodge, atual procuradora-geral, termina em 18 de setembro. Ela optou por não disputar a eleição interna conduzida pela ANPR, mas já se colocou à disposição para uma eventual recondução por mais dois anos no cargo. “Tem desempenhado um bom trabalho”, disse Toffoli ao ser questionado se ela teria alguma preferência dos ministros do Supremo.

Após ser indicado por Bolsonaro, o nome do novo procurador-geral deve ser aprovado pelos senadores após uma sabatina, segundo prevê a Constituição.

Na semana passada, os três integrantes da lista tríplice visitaram o Senado, onde foram recebidos pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Agência Brasil

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