“Uso da força vai gerar resistência”, diz associação de caminhoneiros

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/05/2018 16h08
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Tânia Rêgo/Agência Brasil Paralisações seguem acontecendo em diversas rodovias do Brasil
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, classificou como tardio o pronunciamento do presidente Michel Temer para tentar solucionar a crise de abastecimento gerada pela paralisação dos motoristas. Para o líder da entidade que não concordou com o acordo firmado na quinta-feira (24), o uso da força citado por Temer vai tornar ainda mais difícil o fim da paralisação.

“O uso da força vai tornar ainda mais difícil acabar com a mobilização porque essa estratégia vai gerar resistência”, disse o presidente da entidade ao Broadcast. serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Para Fonseca, se forças de segurança tentarem retirar caminhoneiros a força, “haverá gente presa, machucada e muita confusão”.

“Essa foi uma reação tardia e acontece cinco dias após o início do movimento. A situação não precisaria do uso da força para ser resolvida”, disse. Fonseca rejeita a afirmação de Temer que apenas uma “minoria radical” segue na estradas. “O número de manifestantes mostra que não somos minoria. Ao contrário, somos a maioria do movimento e que não está de satisfeito com o acordo feito ontem”, disse o dirigente.

Mais cedo, centrais sindicais também se posicionaram contra a decisão do presidente, afirmando que usar as Forças Armadas seria “apagar fogo com gasolina”.
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