Vaza a nova “lista suja” das empresas que usaram trabalho escravo; veja

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2017 09h07 - Atualizado em 23/10/2017 09h09
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Marcello Casal Jr / Agência Brasil Marcello Casal Jr / Agência Brasil Fiscalização ficou dificultada com portaria polêmica do governo e fiscais chegaram a fazer greve

O programa Fantástico, da Rede Globo, divulgou no domingo (22) a mais recente “lista suja” do trabalho escravo, que reúne empresas condenadas administrativamente por submeter empregados a condições análogas à escravidão.

Confira AQUI  a lista completa, que conta com 132 companhias pelo Brasil. São 49 novos nomes desde a “lista suja” anterior, segundo o blog do Saksamoto. A relação foi elaborada pelo antigo coordenador nacional de fiscalização do trabalho escravo do Ministério do Trabalho, André Roston, demitido em seguida.

A nova “lista suja” estava pronta há algumas semanas, mas não havia sido divulgada ainda pelo ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira.

Portaria

A divulgação paralela da lista ocorre após o governo de Michel Temer publicar, em nome do próprio Nogueira, uma portaria que restringiu e dificultou a fiscalização contra o trabalho escravo e as punições às empresas envolvidas. A edição das normas que flexibilizam e facilitam o trabalho escravo teria sido feita para agradar a bancada ruralista no Congress

Com as novas regras, que Temer prometeu alterar por meio de nova portaria, a lista suja só seria divulgada por autorização expressa do ministro da Justiça.

Além disso, a relação de empresas seria reduzida a partir de regras mais abrangentes, os acordos para fugir da “lista suja” seriam facilitados e as companhias que usassem mão de obra escrava não precisaria mais compensar a vítima trabalhadora com cursos profissionalizantes, por exemplo. Veja na matéria linkada abaixo 14 principais pontos da portaria de Temer que dificultam o combate ao trabalho escravo:

14 pontos da portaria do governo Temer que dificultam detecção e punições ao trabalho escravo

Veja também:

Condenado internacionalmente, Brasil não indenizou vítimas de trabalho escravo

Após repercussão negativa nacional e internacional, Temer ensaia recuo de portaria do trabalho escravo

 

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