Vereador do MDB protocola pedido de impeachment contra Crivella

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/07/2018 16h44
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Marcos Oliveira/Agência Senado deputado federal, Marcelo Crivella Os pedidos só poderão ser analisados quando os parlamentares voltarem do recesso, no fim do mês, ou se aceitarem suspender o recesso para debater o problema
A Câmara dos Vereadores do Rio protocolou na manhã desta segunda-feira (9) o primeiro pedido de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB) por “crime de responsabilidade”. O pedido foi protocolado pelo vereador Átila Nunes (MDB). PSOL e PSDB já haviam anunciado a intenção de também protocolarem pedidos semelhantes. Os pedidos só poderão ser analisados quando os parlamentares voltarem do recesso, no fim do mês, ou se aceitarem suspender o recesso para debater o problema.

Além disso, parlamentares do PSOL apresentaram uma representação no Ministério Público do Estado (MP-RJ) contra Crivella, bispo afastado da Igreja Universal, por improbidade administrativa. Os deputados estaduais Marcelo Freixo e Flávio Serafini, com os vereadores Tarcísio Motta, Renato Cinco, Paulo Pinheiro, Brizola Neto e Babá, se reuniram com o procurador-geral Eduardo Gussem por vinte minutos antes de protocolarem a representação.

Os parlamentares acusam Crivella de oferecer facilidades a pastores e fiéis de sua igreja no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e no pagamento de impostos em reunião fechada na semana passada. Além disso, pedem que seja investigado o uso de um bem público, o Palácio da Cidade, sede da Prefeitura, para campanha eleitoral na mesma ocasião.

“É necessário que o Ministério Público se posicione sobre aquela absurda reunião do Marcelo Crivella que, de forma flagrante, cometeu crime eleitoral ao fazer campanha em um espaço público antes da hora, como também ofereceu vantagens para que pessoas pudessem furar a fila do sistema de regulação e ter acesso a cirurgias antes da hora”, afirmou o vereador Tarcísio Motta, líder da bancada do PSOL na Câmara, antes da reunião. “Isso é inadmissível pois fere um dos preceitos mais básicos da República, o da igualdade. O prefeito não pode favorecer um grupo de amigos e aliados.”

Na última sexta-feira, o MP-RJ já havia informado que pretendia investigar as circunstâncias da reunião.

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