Vereador Dr. Jairinho é desligado de comissão que pode analisar seu pedido de cassação na Câmara

Decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara Municipal do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 19; Jairinho era parte da Comissão de Justiça e Redação da Casa

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2021 16h03 - Atualizado em 19/04/2021 17h01
Wilton Junior/Estadão Conteúdo De camisa polo, bermuda e máscara, o vereador Doutor Jairinho é conduzido por policial; ele está algemado, mas suas mãos, posicionadas nas costas, não aparecem na imagem Vereador foi preso no último dia 8

O presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlo Caiado (DEM), determinou nesta segunda-feira, 19, que o vereador Dr. Jairinho, suspeito de envolvimento na morte do próprio enteado, Henry Borel, de quatro anos, fosse desligado da Comissão de Justiça e Redação da Casa. A princípio, o vereador só poderia ser retirado do cargo após faltar a cinco sessões ordinárias consecutivas, mas, com a expulsão do político do partido Solidariedade, pelo qual foi eleito, os trâmites para sua saída da comissão foram adiantados. A decisão foi formalizada no Diário Oficial da Câmara Municipal desta segunda.

Além da retirada de Jairinho da comissão, o presidente da Câmara também determinou que o plenário escolhesse um membro substituto interino para o cargo dele no colegiado, considerado como o mais importante da Casa. A Comissão de Justiça e Redação deve analisar no futuro um pedido de cassação de mandato contra o próprio vereador, que teve cargo mantido após decisão judicial por “presunção de inocência” e separação de poderes. Na última quarta-feira, 14, o vereador Chico Alencar (Psol), afirmou que irá fazer representação pela cassação do colega na Câmara e chamou atenção para a possível volta dele à presidência da comissão caso ganhasse um habeas corpus ou não tivesse prorrogação da pena atual. Apesar de ser considerado pela polícia como responsável pelo crime, Jairinho foi preso apenas de forma temporária por interferência nas investigações. O pedido inicial da polícia é de detenção de 30 dias. Nesta segunda-feira, o vereador, que deixou de ser representado pelo advogado André França Barreto na última quarta-feira, 14, passou a ser defendido pelo advogado Brás Santana.

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