Alerj decide abrir processo de impeachment contra Witzel

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2020 16h34 - Atualizado em 11/06/2020 07h56
Andre Melo Andrade/Estadão Conteúdo Wilson Witzel Governador foi afastado por liminar do STJ na semana passada

Em votação simbólica realizada nesta quarta-feira (10), os deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votaram a favor da abertura de um processo de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC).

Os deputados participaram de sessão extraordinária virtual. Foram alcançados 69 votos a zero. Já são 14 os pedidos de impeachment contra Witzel apresentados na Alerj.

A votação tem caráter simbólico porque a decisão de abrir o processo de impeachment é do presidente da Casa, André Ceciliano (PT). O petista anunciou, no entanto, que decidiu submeter o pedido ao plenário para que a decisão fosse mais democrática. Ceciliano afirmou que abriria o processo caso houvesse maioria.

Os parlamentares alegam que darão “amplo direito de resposta e de defesa” ao governador durante a análise dos fatos no processo jurídico-político. Os deputados também elogiaram a decisão de Ceciliano de abrir a votação simbólica.

Alvo da Polícia Federal

Em 26 de maio, o governador Wilson Witzel foi alvo de operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, sede do governo.

Batizada de Placebo, a operação mirou possíveis fraudes e indícios de desvios de recursos públicos nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus. O esquema de corrupção envolveria uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves, afirmou, na decisão que autorizou a operação, que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, “tinha o comando” da estrutura que deu suporte a fraudes na saúde do Estado.

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