Wassef diz que nunca falou com Queiroz e que é vítima de ‘armação para incriminar Bolsonaro’

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2020 13h51
TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Frederick-Wassef Frederick Wassef disse que nunca falou com Queiroz

O advogado Frederick Wassef, dono do escritório de Atibaia em que foi preso Fabrício Queiroz na última quinta-feira (18), se pronunciou pela primeira vez em entrevista à Folha de S. Paulo neste sábado (20). De acordo com o jornal, Wassef se disse vítima de armação que busca incriminar o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Wassef, ele nunca abrigou o ex-assessor de Flávio Bolsonaro – o advogado representa Flávio e mais membros da família Bolsonaro. “Nunca telefonei para Queiroz, nunca troquei mensagem com Queiroz nem com ninguém de sua família. Isso é uma armação para incriminar o presidente.”

O advogado foi categório ao afirmar, diferentemente do que foi veiculado nos últimos dias, que Queiroz passou cerca de um ano em seu escritório. “Nunca escondi ninguém.Estão me atribuindo coisas que não fiz. O escritório estava vazio. Os móveis estavam do lado de fora da casa. Tudo estava fora do lugar.”

Prisão de Queiroz 

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) foi encontrado na manhã desta quinta-feira (18) em uma casa em Atibaia (SP) de propriedade de Frederick Wassef, advogado de Flávio.

A prisão faz parte de desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que é o desvio de públicos por meio da devolução parcial de salário pelos assessores.

O policial militar aposentado também é investigado por lavagem de dinheiro fazendo transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados. Ele teria movimentado R$ 1,2 milhão em sua conta bancária de forma atípica, de acordo com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Neste sábado, a defesa de Queiroz teve negado o pedido de prisão domiciliar. A decisão pela negativa foi da desembargadora Suimei Cavaleiri, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro havia citado o “atual estágio da pandemia do coronavírus” e afirmou que Queiroz “é portador de câncer no cólon e recentemente se submeteu à cirurgia de próstata” para tentar conseguir o benefício.

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