Witzel poupa Crivella e descarta pedido de ajuda ao governo federal após chuvas

Fernanda Dias/Estadão Conteúdo Pela manhã desta quinta-feira (07), Witzel afirmou que sobrevoou as regiões da Rocinha, Vidigal, São Conrado e Barra de Guaratiba

A cidade do Rio de Janeiro amanheceu nesta quinta-feira em meio a um cenário de caos, com ao menos cinco mortes confirmadas e dezenas de áreas de riscos de desabamentos. Em entrevista ao ao Jornal da Manhã 2ª Edição,  o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, poupou o prefeito Marcelo Crivella e descartou pedido de auxílio financeiro para a União.

Witzel disse que o “Estado estava acompanhando a movimentação das massas climáticas” e que já havia sido sinalizado um estado de prontidão. “Desde as 12h de ontem [quarta-feira], a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e todas as nossas secretarias estavam em prontidão para que a gente pudesse ajudar naquilo que fosse necessário”, afirmou.

O governador ressaltou que há um plano de contingência em ação e que foi montada uma força-tarefa com a Secretaria de Desenvolvimento Social para amparar municípios com complicações. “No Rio de Janeiro temos uma quantidade gigantesca de famílias em situação de alto risco. Temos mais de 60 mil famílias, é um número muito elevado”, afirmou. Disse também quec como colaborou com a situação das vítimas em Brumadinho, o governo do Estado possui água, alimentos e medicamentos estocados que poderão ser deslocados para regiões que necessitarem.

Sobre Crivella, que tem sido criticado pela população ante o cenário de caos, Witzel amenizou: “Quem assumiu [a Prefeitura], assumiu em situação semelhante à que herdamos o Estado, com as finanças deterioradas, os contratos com problema, e levou um tempo para fazer ajustes. Não tenho condições de avaliar se ele poderia fazer mais rápido do que fez”.

Questionado sobre um eventual pedido de ajuda ao governo federal, Witzel descartou a necessidade de aporte financeiro. “Não há necessidade. Nosso Estado, apesar da situação financeira que recebemos, tenho feito trabalho com secretários para cortar despesas, colocar serviços em condições de serem operados”, disse.

Ao lado do secretário de Defesa Civil do Estado, coronel Roberto Robadey Costa Júnior, o governador afirmou que foram realizados mais de 2,2 mil atendimentos em decorrência do temporal — o normal é de 1,2 mil.

Pela manhã desta quinta-feira (07), Witzel afirmou que sobrevoou as regiões da Rocinha, Vidigal, São Conrado e Barra de Guaratiba – regiões mais afetadas por desastres naturais e problemas decorrentes deles.

Confira a entrevista completa com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel: