Cameron renova mandato e confirma referendo sobre saída do Reino Unido da UE
Londres, 8 mai (EFE).- Ao assumir o segundo mandato de governo, desta vez com maioria absoluta, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, confirmou nesta sexta-feira que realizará o referendo sobre a saída ou permanência do Reino Unido da União Europeia (UE).
Em declaração da residência oficial em 10 Downing Street, Cameron também disse que governará para todo o Reino Unido, em referência às quatro nações que o integram.
Em discurso após se encontrar com a rainha Elizabeth II no palácio de Buckingham, Cameron agradeceu ao liberal-democrata Nick Clegg por acompanhá-lo nos últimos cinco anos no governo de coalizão que formaram após o pleito de 2010.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro – do Partido Conservador, que ganhou 328 cadeiras, duas a mais que o necessário para governar sozinho – também informou que falou com o líder trabalhista, Ed Miliband, ao qual agradeceu pelo “generoso gesto” de parabenizá-lo pela vitória na votação de quinta-feira.
“Estamos à beira de algo especial neste país. Podemos fazer do Reino Unido um lugar no qual o bem-estar possa chegar a todos os que querem trabalhar”, ressaltou Cameron.
Além de se comprometer com a convocação do referendo europeu, o primeiro-ministro reiterou sua intenção de cumprir com “todas” as promessas feitas em seu programa eleitoral, como a redução de impostos e a criação de emprego, além de governar para todas as regiões: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
“Como disse nas primeiras horas desta manhã, vamos governar como um partido de uma nação, de um Reino Unido. Isso significa garantir que esta recuperação (econômica) chegará a todas partes de nosso país, do norte ao sul e do leste ao oeste”, acrescentou.
Pela manhã, após manter sua cadeira pela circunscrição de Witney, no condado de Oxfordshire (sul do país), Cameron havia enfatizado que o Partido Conservador teve uma “noite boa e positiva”.
Além de agradecer pela vitória aos eleitores de Witney, Cameron ressaltou que o bom resultado em nível nacional foi fruto de uma “campanha positiva” para “proteger a economia e criar emprego”. EFE
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