Casa Branca não descarta visita de Obama a Cuba antes de fim de mandato

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h05
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Washington, 11 mai (EFE).- O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse nesta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não deve visitar Cuba “a curto prazo”, mas não descartou um possível viagem à ilha antes do término de seu mandato, em janeiro de 2017.

Earnest foi perguntado a respeito em sua entrevista coletiva diária por causa da visita que está o presidente da França, François Hollande, faz hoje a Cuba, e que marca a primeira viagem de um chefe de Estado desse país à ilha.

Em dezembro, um dia depois do histórico anúncio do acordo de restabelecimento das relações diplomáticas entre EUA e Cuba, Earnest disse ter certeza de que Obama “não rejeitaria” viajar à ilha “se houvesse uma oportunidade” para fazê-la.

Alguns dias depois, em sua última entrevista coletiva do ano, Obama descartou que estivesse em seus planos visitar em breve a ilha ou receber na Casa Branca o presidente cubano, Raúl Castro.

“Sou um homem bastante jovem, portanto imagino que em algum momento da minha vida terei a oportunidade de visitar Cuba”, comentou então o presidente na sala de imprensa da Casa Branca.

Os Estados Unidos estão buscando possíveis datas para uma nova rodada de conversas com Cuba para restabelecer as relações diplomáticas, o que seria a primeira reunião em pessoa dos chefes negociadores desde março, disse à Agência Efe na semana passada um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

As três rodadas de negociações sobre o restabelecimento de relações foram lideradas até agora pela secretária de Estado adjunta dos EUA para a América Latina, Roberta Jacobson, e a diretora geral para os Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal.

Em paralelo às negociações entre as duas, os países estão mantendo uma série de contatos sobre assuntos técnicos, como aviação civil e tráfego de pessoas, e em 31 de março tiveram um primeiro encontro sobre direitos humanos, um dos temas mais espinhosos no processo de aproximação.

Além disso, Obama anunciou em abril sua decisão de tirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, uma medida reivindicada há anos pelo governo cubano e que poderia agilizar o processo de normalização das relações diplomáticas.

Obama e Raúl Castro tiveram em abril, na Cúpula das Américas realizada no Panamá, um encontro bilateral histórico, o primeiro entre os líderes dos dois países em mais de cinco décadas. EFE

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