Cerca de 3,7 mil imigrantes deixaram a África do Sul pelos ataques xenófobos

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 15h26

Johanesburgo, 6 mai (EFE).- Cerca de 3,7 mil imigrantes procedentes de diferentes países africanos abandonaram a África do Sul pela onda de ataques xenófobos que essa nação viveu no mês passado, anunciou nesta quarta-feira o ministro do Interior, Malusi Gigaba.

A violência contra estrangeiros ocorreu no final de março em zonas deprimidas de população negra da cidade oriental de Durban e se estendeu pouco depois a Johanesburgo.

Milhares de imigrantes tiveram que abandonar suas famílias após serem agredidos e verem suas casas e negócios saqueados, em uma explosão xenófoba que tirou a vida de pelo menos sete pessoas.

“Acho que retornarão” à África do Sul, disse hoje o ministro Gigaba sobre os que voltaram a seus países de origem em entrevista coletiva realizada na sede do parlamento na Cidade do Cabo, informou a Agência Africana de Notícias (ANA).

Gigaba acrescentou que o governo registrou todos imigrantes que abandonaram o país, para deportar os que tentarem voltar a solo sul-africano sem os documentos legais requeridos.

Países como Zimbábue, Malawi e Moçambique repatriaram nas últimas semanas centenas de cidadãos vítimas dos ataques xenófobos.

Mais de 300 pessoas foram detidas durante as desordens por participação em incidentes relacionados com a violência contra estrangeiros.

A polícia e o exército realizaram no final de abril revistas maciças contra os focos da explosão xenófobo em Johanesburgo, que se estenderam posteriormente a outras zonas consideradas como centros de delinquência em todo o país.

Outro objetivo destas revistas foram comunidades onde vivem grande número de imigrantes africanos.

A missão conjunta da polícia e do exército terminou até o momento com cerca de mil detidos, mais de 700 imigrantes ilegais de países africanos que esperam ser deportados em um centro de detenção de imigrantes ilegais.

A África do Sul é um dos países do continente africano que acolhe a maior número de refugiados e imigrantes. EFE

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