Chanceler argentino confia que Justiça elucidará rapidamente morte de Nisman
Nações Unidas, 19 jan (EFE).- O chanceler argentino, Héctor Timerman, afirmou nesta segunda-feira que acredita que a Justiça esclarecerá em breve a morte do promotor Alberto Nisman, que o denunciou de ter acobertado os responsáveis pelo atentado contra o centro judaico Amia em 1994.
“Espero que a Justiça prontamente determine a forma como morreu, que a Justiça possa avançar neste tema, e se esclareça”, disse Timerman aos jornalistas após um discurso no Conselho de Segurança da ONU.
O chanceler assegurou que a Argentina tem “crédito em matéria de direitos humanos suficiente como para que o mundo saiba que vai chegar a resolver este tema e saber quem foi ou como foi que morreu”.
“A Argentina tem um grande crédito na luta pelos direitos humanos e pela Justiça nestes 30 anos de democracia que vivemos e, portanto tenho certeza que o mundo esperará que em breve, muito em breve, todos possamos conhecer a forma e os motivos pelo qual morreu o fiscal Nisman”, disse.
Além disso, Timerman opinou que a causa nas mãos do promotor “vai seguir adiante” e lembrou que “com Nisman trabalhava provavelmente a maior quantidade de pessoas de uma procuradoria”.
“Portanto há muita gente que está ciente do que Nisman queria apresentar hoje no Congresso e espero que sigam adiante com seu trabalho e o apresentem”, assinalou.
O chanceler disse desconhecer as provas que o fiscal tinha contra ele, mas lembrou que algumas de suas acusações foram desmentidas pela Interpol.
Timerman disse lamentar “muito” a morte de Nisman e afirmou que “a morte de uma pessoa jovem, desta maneira, nos diminui todos como seres humanos”.
O chanceler, que está em Nova York para participar de várias atividades nas Nações Unidas, disse não ter falado ainda com a presidente, Cristina Kirchner.
O chanceler é acusado junto de Cristina por um memorando de entendimento aprovado em janeiro de 2013 com o Irã, que incluiria um acobertamento dos suspeitos do atentado contra a Amia em troca de relações comerciais e a troca de petróleo por grãos em um contexto de crise energética na Argentina. EFE
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