Chile se posiciona contra sanções dos EUA sobre a Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 20h32
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Cidade do Panamá, 10 abr (EFE).- O chanceler chileno, Heraldo Muñoz, declarou nesta sexta-feira à Agência Efe que a decisão de Washington de declarar a Venezuela como uma ameaça foi “infeliz” e que o Chile se opõe às “sanções unilaterais” que os Estados Unidos impuseram ao regime de Nicolás Maduro.

Muñoz, que se encontra no Panamá para participar da VII Cúpula das Américas em representação da presidente chilena, Michelle Bachelet, também explicou em entrevista à Efe que a presença de Cuba na reunião continental representa “o começo do fim da Guerra Fria” no continente americano.

A presidente Bachelet não pôde comparecer à cúpula, que será o palco do histórico encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e Cuba, Raúl Castro, devido às graves inundações que afetaram o norte do Chile.

Na quarta-feira, Bachelet declarou na capital chilena que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deveria exercer um papel para facilitar o diálogo entre o governo de Maduro e a oposição venezuelana.

Na mesma linha ao declarado por Bachelet, Muñoz repetiu hoje que o Chile está mais a favor de trabalhar discretamente por um diálogo construtivo para solucionar conflitos que em uma política “declarativa”.

Porém, Muñoz também assinalou às claras que o Chile está disposto a opor-se à política dos Estados Unidos a respeito de Venezuela, ou outros temas conflituosos, ao referir-se à recusa do país sul-americano a apoiar o uso da força de Washington contra o Iraque em 2003.

“Fomos muito claros, como fomos claros em outras ocasiões. Quando o Chile esteve no Conselho de Segurança, em 2003, falamos claramente que nos opúnhamos a uma ação à margem do Conselho de Segurança em relação ao uso da força no Iraque”, explicou Muñoz.

“Nessa ocasião havia alguns temas importantes para o Chile no âmbito bilateral com os Estados Unidos e fomos claros, como fomos agora”, concluiu. EFE

jcr/rsd

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