Colégios da Nigéria fecham em protesto contra sequestro de meninas

  • Por Agencia EFE
  • 22/05/2014 09h16

Lagos, 22 mai (EFE).- O Sindicato de Professores da Nigéria (NUT) convocou nesta quinta-feira todos os centros de educação primária e de ensino médio a fecharem suas portas em protesto pelo sequestro de mais de 200 meninas no norte do país há mais de um mês.

Paralelamente à paralisação escolar, o sindicato organizará protestos nos 36 estados nigerianos e na capital do país, Abuja, anunciou o presidente do NUT, Michael Olukoya, em comunicado.

O sindicato exige a libertação das meninas, sequestradas em 14 de abril de uma escola de Chibok, no Estado de Borno, pela seita islâmica Boko Haram.

Os professores também exigem uma compensação para as famílias de seus 173 companheiros de profissão que foram assassinatos em ataques dos terroristas nos Estados de Borno e Yobe, no nordeste da Nigéria.

“Estamos decididos a continuar a campanha enquanto choramos a morte de nossos colegas até que as meninas sejam devolvidas vivas e os autores desse crime atroz sejam levados à Justiça”, disse Olukoya.

O líder sindical reivindicou ao governo federal e aos estaduais uma indenização adequada para as famílias desses professores para “aliviar sua miséria”.

O NUT também solicitou que se proporcione um seguro tanto aos estudantes como aos professores nas zonas mais conflituosas do país, principalmente no norte, onde os fundamentalistas têm seu bastião.

As adolescentes já estão há 38 dias sequestradas, sem que tenham cessado os ataques do Boko Haram, que mataram cerca de 150 pessoas em vários atentados perpetrados no centro e norte do país esta mesma semana.

Boko Haram, que significa em línguas locais “educação não islâmica é pecado”, luta para impor a “sharia” ou lei islâmica na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul. EFE

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