Combates no leste da Ucrânia deixam 5 soldados mortos nas últimas horas

  • Por Agencia EFE
  • 27/06/2014 11h24

Kiev, 27 jun (EFE).- Enfrentamentos entre rebeldes pró-Rússia e o exército deixaram nas últimas horas cinco soldados mortos no leste da Ucrânia, quando faltam algumas horas para que termine a trégua entre os dois lados, informou nesta sexta-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa, Andrei Lisenko.

Nas últimas 24 horas, os milicianos atacaram onze postos do exercito ucraniano situados nas cidades de Slaviansk, Kramatorsk e Artiomovsk, todas no leste de Donetsk.

“Quatro tanques do inimigo dispararam contra as posições dos militares. O fogo danificou dois blindados de transporte ucranianos”, afirmou a Guarda Nacional da Ucrânia, segundo a imprensa local.

Os insurgentes tomaram nesta madrugada um quartel da Guarda Nacional na cidade de Donetsk, capital da região homônima, e fizeram como prisioneiro o comandante do batalhão.

A Ucrânia vive as últimas horas de uma trégua de uma semana entre rebeldes e o exército, mas o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, provavelmente tomará hoje a decisão de prorrogá-la por mais 72 horas.

O presidente aguarda os resultados das consultas que estão sendo realizadas hoje em Donetsk entre representantes do governo e os separatistas russófonos, nas quais participam como mediadores representantes da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) e o embaixador da Rússia em Kiev.

Aparentemente, as autoridades de Kiev, representadas na reunião de Donetsk pelo ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma e o líder do movimento Opção Ucraniana, não têm intenção de fazer concessões aos rebeldes, além das contempladas no plano de paz apresentado há uma semana por Poroshenko.

“Se nossas condições para o plano de paz não forem aceitas, tomaremos uma decisão muito importante”, disse ontem em Estrasburgo (França) o presidente ucraniano.

O ministro do Interior, Arsen Avakov, prometeu hoje uma “resposta dura” aos separatistas caso não aceitem as exigências de Kiev: largar as armas e deixar o país se assim o desejarem. EFE

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