Comissão Europeia nega que troika controlasse Secretaria de Receita grega

  • Por Agencia EFE
  • 28/07/2015 11h00
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Bruxelas, 28 jul (EFE).- A Comissão Europeia (CE) negou nesta terça-feira que a troika controlasse a Secretaria-Geral de Receita Pública da Grécia, e se recusou comentar o suposto plano do ex-ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis, de criar um sistema paralelo de pagamentos para substituir o euro em caso de necessidade.

“As alegações de que a troika controlava a Secretaria- Geral de Receita Pública são falsas e infundadas”, sustentou a porta-voz comunitária, Mina Andreeva, na entrevista coletiva diária da CE, em referência a comentários atribuídos a Varoufakis revelados pelo jornal “Kathimerini”.

A porta-voz explicou que a Secretaria-Geral de Receita Pública é uma entidade independente responsável pela administração de impostos, e que é vinculada do Ministério de Finanças da Grécia.

“A CE e o FMI só dão assistência técnica à administração de impostos, mas definitivamente não controlam a Secretaria-Geral de Receita Pública”, destacou.

“Sugerir que a troika controlaria a Secretaria-Geral simplesmente não é verdade”, acrescentou.

Sobre o suposto plano de Varoufakis de criar um sistema de pagamentos paralelo que substituiria o euro em caso de necessidade, Andreeva assinalou que a Comissão não vai examinar nenhum “plano conspiratório”.

“O importante para a CE não é olhar para o passado, mas olhar para o futuro e pôr todo nosso esforço e nossas energias nas negociações em curso e não no que hipoteticamente teria sido o caso”, ressaltou.

Sobre o estado das negociações com a Grécia, a porta-voz disse que há progressos sobre o programa de apoio ao país, e lembrou que os técnicos da CE chegaram a Atenas no domingo e o negociador-chefe do Executivo comunitário se uniu a eles na segunda-feira.

Andreeva confirmou que as negociações com as autoridades gregas estão funcionando bem e confiou em que os trabalhos possam terminar o mais rápido possível.

“Não há uma data fixa para concluir as negociações”, afirmou, embora tenha antecipado que a CE considera “possível” chegar a um acordo para a segunda quinzena de agosto, o que permitiria à Grécia honrar o próximo pagamento ao Banco Central Europeu em 20 de agosto com recursos do programa de ajuda do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

Lembrou, no entanto, que antes da primeira remessa de resgate a Grécia terá que realizar mais reformas, embora não tenha dito quais.

Andreeva lembrou que o alívio da dívida está condicionado à aplicação completa das medidas estabelecidas no terceiro programa de assistência, e que será considerada após completar a primeira revisão positiva dele.

“As medidas relacionadas à dívida não serão discutidas agora, embora isto não exclua que a sustentabilidade da dívida seja discutida nas negociações em curso”, indicou Andreeva. EFE

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