Consumo de refrigerante por crianças menores de 2 anos é preocupante, diz Chioro

  • Por Agência Brasil
  • 21/08/2015 15h01
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DIVULGAÇÃO Criança bebendo refrigerante

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considerou preocupante que cerca de um terço (32,3%) das crianças com menos de 2 anos de idade consumam refrigerante ou sucos artificiais. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada hoje (21) pelo ministério e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram ainda que passa de 60% o total de crianças nessa faixa etária que consomem bolos, bolachas ou biscoitos.

“Está havendo uma substituição importante do padrão de alimentação das crianças, que já se reflete na população adulta e que precisa ser revertida”, disse o ministro.

Chioro afirmou que vê com preocupação os dados sobre obesidade e sobrepeso da população, mas considerou especialmente preocupantes as informações sobre os hábitos alimentares de crianças. “Isso projeta, se não tivermos efetividade nas políticas de prevenção e promoção, um cenário de enfrentamento de sobrepeso e obesidade que trarão uma carga de doenças extremamente importantes e significará que nossa população envelhecerá sem qualidade de vida.”

Para o ministro, o combate a esse problema deve passar por uma ressignificação “do momento da refeição” e também pelo incentivo à prática diária de atividade física, incluindo não apenas esportes, mas caminhada, dança e o hábito de subir escadas, por exemplo.

“Por isso é que nós valorizamos demais a agricultura familiar, local, regional e a utilização das frutas de estação, porque podem substituir esses alimentos ultraprocessados, extremamente industrializados e que não fazem bem à saúde, por alimentos saudáveis e disponíveis a baixo custo”, disse Chioro. “Isso significa retomar hábitos alimentares que a população brasileira sempre teve e que devem ser valorizados.”

Chioro avaliou que, diferentemente do que acontecia no passado, o problema não é falta de oferta de serviços no sistema de saúde e sim a necessidade de construir e incorporar hábitos mais saudáveis.

“Se não fizermos rapidamente uma inversão, assumiremos um padrão de obesidade e de uma carga de doenças que alguns países como Estados Unidos e México já apresentam, com deletérios impactos sobre a saúde, os sistemas de saúde e a qualidade de vida da população”, afirmou.

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