Coreia do Norte atribui a “exercícios rotineiros” lançamento de mísseis

  • Por Agencia EFE
  • 05/03/2014 08h23

Seul, 5 mar (EFE).- A Coreia do Norte atribuiu hoje a “exercícios militares rotineiros” o lançamento ao mar de 13 mísseis de curto alcance nos últimos dias e reivindicou seu direito à autodefesa diante do que considera uma ameaça da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.

O lançamento de mísseis da costa leste do país foi efetuado de forma segura e com sucesso, como parte de “manobras rotineiras” do Exército Popular entre 21 de fevereiro e 4 de março, informou Pyongyang em comunicado da agência estatal KCNA.

A Coreia do Norte disparou ontem ao mar sete projéteis de curto alcance, que se somaram aos dois lançados na segunda-feira e a outros quatro na quinta-feira passada.

As ações são consideradas uma resposta do regime de Kim Jong-un aos exercícios militares Foal Eagle e Key Resolve, que Seul e Washington estão realizando em território e águas da Coreia do Sul.

Pyongyang alegou que os EUA estão demonstrando “hostilidade”, por isso reivindicou seu direito à autodefesa diante das vozes críticas de Seul e Washington, que exigiram o fim dos lançamentos de mísseis ao considerá-los “provocações”.

O Foal Eagle se prolongará até 18 de abril e o Key Resolve terminará em 9 de março, por isso acredita-se que pode haver mais tensões nas próximas semanas.

Nos últimos dias, a Coreia do Norte criticou duramente as manobras militares, que considera “um teste de invasão” contra o país.

Por sua parte, o exército sul-coreano reforçou sua preparação diante de qualquer possível contingência, embora os lançamentos de mísseis de curto alcance do Norte não são consideradas uma ameaça grave.

Em 2013, o regime de Kim Jong-un realizou uma campanha de hostilidades sem precedentes, com ameaças de guerra quase diárias, sob o pretexto de se sentir ameaçado pelas manobras anuais.

Apesar dos lançamentos de mísseis de curto alcance, este ano Pyongyang está mostrando moderação e suas relações com o Sul se encontram em uma fase de melhora após anos de tensão.

Os EUA mantêm 28.500 soldados na Coreia do Sul, país com o qual realiza frequentes exercícios militares e que se compromete a defender desde a Guerra da Coreia (1950-53). EFE

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