Democratas derrubam na câmara projeto de agenda comercial de Obama

  • Por Agencia EFE
  • 12/06/2015 16h46

Washington, 12 jun (EFE).- A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos bloqueou nesta sexta-feira, por iniciativa dos democratas, um projeto de lei para a proteção dos trabalhadores americanos que podem ser afetados pelos tratados de comércio internacional, um revés para a agenda do presidente, Barack Obama.

A arrasadora maioria dos democratas votou contra o pacote legislativo, apesar de estar de acordo com o conteúdo do texto, com o objetivo de acabar com a “via rápida”, mecanismo que aceleraria a aprovação de tratados comerciais ao evitar que sua revisão passe pelo Congresso.

Os democratas não acompanharam o presidente, que inclusive visitou o Capitólio na manhã de hoje para convencer seus companheiros de bancada a apoiarem a proposta, fundamental para fechar o iminente Acordo de Associação Transpacífico (TPP).

Com 126 votos a favor e 302 contra, o fracasso da proposta, que faz parte da agenda comercial de Obama, significa que o pacote comercial analisado na Câmara dos Representantes será diferente do já aprovado pelo Senado, o que exigirá novas negociações para elaborar um projeto de lei comercial final.

A oposição frontal dos democratas à agenda comercial de Obama afetará diretamente as negociações do Executivo com os governos integrantes do TPP, colocando os Estados Unidos em uma posição mais frágil.

O Senado aprovou o pacote legislativo na semana passada, que fundamentalmente dá a Autoridade de Promoção do Comércio (TPA), a Obama, o que garantiria que os acordos comerciais que o presidente negociar obtenham uma votação rápida no Congresso sem possibilidade de emenda.

A Casa Branca garantiu que esta ferramenta, também conhecida como “via rápida”, é essencial para finalmente assinar o TPP, que envolve 12 países do Pacífico e é um dos maiores projetos do presidente.

A Câmara dos Representantes, de maioria republicana, poderia votar de novo sobre a peça legislativa que foi rejeitada hoje durante a semana entrante, para tentar aprovar finalmente o pacote comercial. EFE

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