Dengue se alastra e já são 28 mortes suspeitas no interior paulista

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/02/2015 17h54
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Mosquito da dengue EFE Mosquito da dengue

A dengue se alastra pelo interior de São Paulo. Em vinte cidades já é considerada epidemia. Desde o início deste ano, pelo menos 28 pessoas morreram com suspeita de terem sido vítimas da doença. Os exames confirmaram, até agora, oito mortes. O número de casos positivos no Estado pode passar de 50 mil. No último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o Estado tinha 30,5 mil casos de janeiro à primeira semana de fevereiro, mas a disseminação está sendo muito rápida. O boletim não trazia informações sobre as mortes.

Com a chegada das chuvas e o calor, o mosquito transmissor encontra condições favoráveis para se reproduzir. Em Marília, no centro-oeste do Estado, os hospitais registraram nove mortes este ano de pessoas com diagnóstico de dengue. De acordo com a prefeitura, apenas três casos foram confirmados. Na segunda-feira (23), manifestantes ocuparam a Câmara para exigir mais ação do poder público contra a epidemia. Cerca de 40 policiais foram mobilizados para garantir a segurança. A prefeitura considerou o protesto um ato político.

Catanduva, na região norte do Estado, contabiliza sete mortes suspeitas e também vive epidemia, com 2,5 mil casos para uma população de 111 mil habitantes. Em Sorocaba, no sudoeste paulista, foram registradas cinco mortes suspeitas – um óbito foi confirmado, os outros são investigados. Na cidade, com 2,4 mil casos positivos da doença, poças repletas de larvas do mosquito transmissor foram encontradas em um terreno da prefeitura, no Parque São Bento. Nos postos de saúde, pacientes com sintomas esperam até quatro horas pelo atendimento.

Em Guararapes, com 1,8 mil casos e três mortes, um decreto em vigor desde segunda-feira permite que a prefeitura limpe terrenos e mande a conta para o proprietário. Se foram encontrados criadouros, o dono também é multado. Mortes suspeitas de dengue ocorreram também em Assis, Limeira, Lins e Rubiácea, no interior paulista. A Secretaria de Saúde do Estado informou que colabora com as prefeituras fornecendo equipes para o controle do mosquito.

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