Desemprego em maio sobe para 5,5% nos EUA, mas ritmo de contratação melhora

  • Por Agencia EFE
  • 05/06/2015 15h43
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Miriam Burgués.

Washington, 5 jun (EFE).- A taxa de desemprego subiu para 5,5% em maio nos Estados Unidos, devido a que mais cidadãos começaram a buscar trabalho de forma ativa, e a contratação se recuperou da fraqueza dos meses anteriores com a criação de 280 mil empregos, o melhor número no ano, informou nesta sexta-feira o governo americano.

Apesar do índice ter subido um décimo em relação aos 5,4% registrados em abril, a entrada de mais cidadãos ao mercado de trabalho é um sintoma da confiança na recuperação econômica.

Após a queda na criação de emprego nos meses prévios, o número de 280 mil novos postos de trabalho de maio foi maior que o esperado pelos analistas, que tinham previsto uma ganho de cerca de 220 mil.

O Departamento de Trabalho revisou, além disso, o número de empregos criados em março (de 85 mil para 119 mil) e em abril (de 223 mil para 221 mil).

Assim, entre janeiro e maio a economia americana acrescentou uma média de 217 mil mensais, abaixo da média de 260 mil registrada durante 2014.

Em maio foram criados empregos nos setores de serviços profissionais e de negócios (63 mil); lazer e hospedagem (57 mil), e atendimento de saúde (47 mil), entre outros.

Ao contrário, o setor de mineração somou seu quinto mês consecutivo de perdas, com 17 mil empregos menos, lastrado pela desaceleração da produção petrolífera por causa da queda dos preços da energia.

Neste ano, o setor perdeu 68 mil postos de trabalho, frente ao aumento de 41 mil contabilizado durante 2014, de acordo com o relatório do Departamento de Trabalho.

Os melhores dados de maio vieram do aumento da força de trabalho em 397 mil pessoas, embora a taxa de participação nela tenha mudado apenas um décimo e ficado em 62,9%, e do aumento nos salários por hora em US$ 0,08, para US$ 24,96.

O aumento dos salários acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,3%, o melhor porcentagem desde meados de 2013.

Em comunicado, o principal assessor econômico da Casa Branca, Jason Furman, destacou justamente a alta dos salários e a entrada no mercado de trabalho de mais cidadãos com estudos superiores em todas as categorias de idade.

Furman ressaltou, além disso, a força do emprego no setor manufatureiro e admitiu, por outro lado, que a construção ainda não atingiu os níveis de contratação prévios à crise econômica.

O presidente da Câmara dos Representantes do Congresso, o republicano John Boehner, assinalou em outro comunicado que o crescimento econômico ainda é “frágil” e há “muitos” americanos na busca de “empregos estáveis e melhor pagos”.

O bom dado de criação de emprego em maio voltou a encorajar os analistas a antecipar que o Federal Reserve (Fed) anunciará a esperada alta de taxas de juros antes que termine o ano, e fará caso omisso à recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Nesta quinta-feira, ao apresentar seu relatório anual sobre a economia americana, o Fundo recomendou ao Fed atrasar essa alta de juros, a primeira em nove anos, até a primeira metade de 2016.

E após a contração do Produto Interno Bruto (PIB) entre janeiro e março, o FMI rebaixou, além disso, as previsões de crescimento para os EUA para 2015 de 3,1% previsto em abril para 2,5%, e os de 2016 de 3,1% para 3%. EFE

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