Diálogo entre políticos e religiosos é tema do V Congresso de Religiões

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2015 09h43
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Astana, 10 jun (EFE).- O V Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais começou nesta quarta-feira no Palácio da Paz e na Concordia de Astana, para facilitar o diálogo entre a comunidade religiosa e a classe política.

“Pôr em contato a comunidade religiosa e os líderes políticos do mundo para encontrar vias de diálogo que finalizem os múltiplos conflitos é o principal motivo deste Congresso”, assegurou o porta-voz do Senado do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev.

O encontro, que terá a participação de 80 delegações de 42 países, foi presidido pelo Presidente do Cazaquistão, Nursultan Narzabayev.

Nazarbayev ressaltou “os perigos do extremismo e os atos de violência cometidos por grupos terroristas que se amparam na religião”, em clara alusão ao Estado Islâmico.

O presidente assegurou que todas as religiões predicam a “paciência, a paz, a tolerância e o islã é uma das religiões mais tolerantes”.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, repassou os principais conflitos e assegurou que a solução está no diálogo.

“Vivemos um momento em que necessitamos dialogar mais que nunca”, acrescentou

Ban pediu “à comunidade internacional um esforço para conseguir um diálogo que promova os valores da reconciliação e o respeito mútuo”.

O líder da ONU acrescentou a necessidade de “reconhecer o outro e aprender compartilhando” porque, assegurou, “é mais enriquecedor”.

O secretário-geral das Nações Unidas apontou o momento de mudança no mundo e as novas oportunidades que surgem.

“Somos a primeira geração que podemos eliminar a pobreza mundial e somos a última geração que poderá resolver o problema do aquecimento global”, acrescentou

Ban disse que a humanidade enfrenta problemas de “grande risco” e citou “os conflitos sociais, o terrorismo e o tráfico de drogas”.

“Nestes tempos -assegurou o máximo representante das Nações Unidas- a comunidade religiosa pode servir de aglutinadora sobre a base dos valores humanos, para unir todas as comunidades e criar o espaço necessário para alcançar a paz”.

Durante esta primeira sessão, os participantes aprovaram a agenda de trabalho que tratará sobre o diálogo da comunidade religiosa com os políticos na busca pela paz.

Os participantes representantes do islã, distintas igrejas cristãs, líderes do budismo, judaísmo, hinduísmo, taoísmo e xintoísmo, discutirão também o papel da religião na juventude e o diálogo com base no respeito mútuo entre os líderes e seus seguidores.

Entre os presentes ao ato estavam o Rei Abdullah II da Jordânia, o Presidente da Finlândia, Sauli Niinistö e altos representantes da Unesco e a OSCE. EFE

cla/ff

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