Dilma diz que exigência de fundos credores da Argentina ameaça sistema

  • Por Agencia EFE
  • 29/07/2014 17h42
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Caracas, 29 jul (EFE).- A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que a situação enfrentada pela Argentina em função do processo aberto nos Estados Unidos por fundos credores de dívida do país ameaça o sistema financeiro internacional.

Dilma pediu ainda que não seja permitido que os especuladores ponham em perigo a estabilidade.

“O problema que afeta atualmente a Argentina é uma ameaça não somente para o país irmão, afeta todo o sistema financeiro internacional”, disse Dilma durante sua participação na Cúpula do Mercosul, que está acontecendo em Caracas.

“Não podemos aceitar que a ação de alguns especuladores ponham em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros”, defendeu.

Além disso, Dilma reivindicou “regras claras”, instâncias imparciais que atuem com flexibilidade e justiça no processo de reestruturação da dívida soberana.

Dilma enalteceu a solidariedade de seu país com a Argentina, o que segundo ela não é apenas retórica, pois a presidente levou o tema para a reunião do G20 na Austrália.

A Argentina vive um processo de negociação com fundos especulativos, que reivindicam dívidas por bônus em moratória desde 2001 que, entre capital e juros, chegam a US$ 1,5 bilhão.

Os fundos querem que o pagamento seja feito com dinheiro e sem descontos, mas a Argentina sustenta que isso violaria a cláusula legal pela qual se comprometeu a não dar a nenhum credor condições melhores de pagamento do que aos investidores que aderiram às trocas da dívida de 2005 e 2010.

Amanhã é o último dia do prazo que a Argentina tem para pagar os credores que aceitaram a reestruturação da dívida. Se os credores não receberem o dinheiro antes de 30 de julho, o país seria obrigado a declarar moratória.

A maioria dos credores não recebeu até agora o pagamento disponibilizado pela Argentina, pois o juiz americano Thomas Griesa decidiu que os fundos que processaram o país nos EUA devem receber simultaneamente.

Estes fundos, chamados de abutres pelo governo argentino, reivindicam uma dívida em moratória desde 2001 no valor de US$ 1,5 bilhão. EFE

jlp/dk

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