Dilma promete convocar plebiscito de reforma política em entrevista

  • Por Agencia EFE
  • 08/09/2014 19h03

Brasília, 8 set (EFE).- A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, prometeu nesta segunda-feira em uma sabatina organizada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” que se vencer as eleições de outubro convocará um plebiscito com o objetivo de alavancar uma ampla reforma política no país.

Dilma insistiu que o plebiscito é o único mecanismo com “força” suficiente para impulsionar uma “reforma profunda” das normas políticas, que acredita ser algo extremamente necessário para o Brasil.

“Sem respaldo da população, ninguém tem força para fazer nenhuma alteração”, disse a chefe de Estado.

A presidente lembrou que propôs convocar um plebiscito no ano passado, em resposta às manifestações de junho, mas o Congresso freou tal iniciativa por considerar que havia pouco tempo hábil para que qualquer mudança pudesse entrar em vigor antes das eleições.

Entre as reformas que pretende submeter à votação popular, Dilma citou mudanças nas regras para o financiamento das campanhas políticas e o estabelecimento de normas para melhorar a transparência, para “bloquear” a corrupção e para melhorar a representatividade popular no parlamento.

A governante também falou sobre as propostas de sua principal adversária nas urnas, a ex-ministra do Meio Ambeinte Marina Silva, que é apontada pelas pesquisas de intenção de voto como favorita para vencer as eleições presidenciais e que tem como uma das principais bandeiras de seu programa o que chama de “nova política”.

“A nova política implica em termos o povo participando por um plebiscito”, defendeu a presidente ao comentar o programa de sua adversária.

A petista disse que é contra a proposta de Marina, que as eleições para os cargos políticos do país coincidissem em um mesmo processo.

Marina também propôs acabar com a reeleição e ampliar os mandatos de quatro para cinco anos.

Sobre esse assunto, Dilma afirmou que está de acordo, que “se for acabar com a reeleição, tem que dar mandato de cinco anos”. EFE

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