Dois soldados ucranianos morrem em combates com os rebeldes pró-Rússia

  • Por Agencia EFE
  • 10/01/2015 11h10
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Kiev, 10 jan (EFE).- Dois soldados ucranianos morreram e outros vinte ficaram feridos nas últimas 24 horas em combates com as milícias pró-russas no leste da Ucrânia apesar da trégua declarada há mais de um mês entre os lados em conflito.

Os dois militares eram membros da Guarda Nacional que caíram em uma emboscada inimiga na região de Lugansk, informou neste sábado Andrei ++Lisenko++, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa.

O comando militar ucraniano denunciou que durante a noite os rebeldes atacaram suas posições 14 vezes com armamento pesado, incluído o estratégico aeroporto de Donetsk.

Já os insurgentes acusaram as forças leais a Kiev de violar o cessar-fogo mais de 40 vezes, incluídos ataques contra zonas de Donetsk habitadas por civis.

A chancelaria ucraniana reconheceu hoje que as consultas por videoconferência mantidas ontem por representantes de Kiev e das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk não deram nenhum resultado positivo.

Os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França acordaram ontem se reunir na próxima segunda, dia 12, em Berlim para afinar posturas sobre uma possível cúpula em Astana destinada a buscar a regulação pacífica do conflito.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, antecipou no final de 2014 que a cúpula aconteceria em 15 de janeiro, mas a data não foi confirmada.

A chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu após se reunir na quinta-feira em Berlim com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, que essa reunião “não fara com que os pontos do acordo de Minsk sejam cumpridos de um dia para o outro”.

Merkel, que deve se encontrar na capital cazaque com Poroshenko e os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, François Hollande, lembrou que o cessar-fogo no leste da Ucrânia “é muito frágil”.

O líder alemã abordará na próxima sexta-feira esse assunto a portas fechadas com o presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, que, apesar ser aliado do Kremlin, defendeu a integridade territorial da Ucrânia. EFE

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