“É um descaso”, diz ator Marcelo Faria sobre desabamento de ciclovia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/04/2016 15h20
RJ - DESABAMENTO CICLOVIA TIM MAIA/MORTES SÃO CONRADO - GERAL - Trecho de 50 metros da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, desaba na manhã desta quinta-feira (21). Segundo os Bombeiros, duas pessoas morreram no local após cair no mar. O resgate teria demorado cerca de meia hora para chegar ao local. A ciclovia que fica às margens da Avenida Niemeyer, que liga os bairros de São Conrado e Leblon, na Zona Sul do Rio, foi inaugurada no dia 17 de janeiro. 21/04/2016 - Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Jose Lucena/Estadão Conteúdo Ciclovia desaba no RJ - AE

O ator Marcelo Faria, que mora num condomínio em São Conrado em frente ao ponto da ciclovia Tim Maia que desabou nesta quinta-feira, 21, acompanhou o resgate dos corpos do mar. Ele usa todo dia a ciclovia, para levar a filha ao colégio, na Gávea, para visitar a mãe, no Leblon, e também a trabalho. Em janeiro, com a inauguração, ficou “muito animado”, pois, antes dela, ele pedalava pela Avenida Niemeyer, junto aos carros, arriscando-se. Para Faria, a ciclovia não estava bem fixada nas vigas sobre as quais foi encaixada.

“Minha mulher me chamou quando viu um corpo sangrando e boiando no mar. Eu achei que fosse um pescador. Depois o segurança do condomínio chegou dizendo que a ciclovia tinha desabado. Quando inauguraram, foi um alívio, pois eu não precisaria mais me arriscar na Niemeyer e poderia andar com minha filha, de 5 anos. Eu uso todo dia, e, muitas vezes, com ela na garupa. A primeira sensação que eu tive foi de que poderia ter sido a gente”, contou o ator, por telefone.

“É realmente um descaso dos nossos governantes a obra não ter sido testada. Projetaram uma prancha em cima de um pilar de concreto sem que ela estivesse bem calcada. Ela foi encaixada com o próprio peso. Ou seja, qualquer força que viesse de baixo ia jogá-la para cima. Um acidente como esse mostra que os inocentes podem morrer e tudo certo, as pessoas não vão ser julgadas.”

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