Abraham Weintraub é aceito como diretor do Banco Mundial
Ex-ministro da Educação representará Brasil, Colômbia, Filipinas, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad Tobago na instituição
O ex-ministro da Educação Adaham Weintraub foi aceito na diretoria Banco Mundial. Segundo comunicado divulgado pela instituição na noite desta quinta-feira, 30, o economista conseguiu a quantidade necessária de votos — maioria simples — para ser eleito como diretor executivo. Ele representará Brasil, Colômbia, Filipinas, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad Tobago no órgão até outubro.
Weintraub foi indicado ao cargo no Banco Mundial pelo governo de Jair Bolsonaro. Acusado de racismo contra chineses e de ameaçar ministros do o Supremo Tribunal Federal (STF), Weintraub deixou o Ministério da Educação (MEC) em junho, e em seguida viajou para os Estados Unidos. A exoneração do ministro, no entanto, só foi publicada quando ele já estava na Flórida. O governo federal confirmou que a carta de demissão foi entregue quando o economista já não estava no Brasil.
O ex-ministro entrou nos Estados Unidos quando a ida de pessoas do Brasil para o país já estava proibida por causa da pandemia de coronavírus, por isso, supõe-se que ele usou um passaporte diplomático, que perdeu a validade com a saída do governo. Na semana seguinte à ida de Weintraub aos EUA, parlamentares fizeram pedidos de explicações à embaixada americana e ao governo federal sobre a viagem. Pelo Twitter, o ex-chefe do MEC informou que foi auxiliado por “dezenas de pessoas” para deixar o país. “Agradeço a todos que me ajudaram a chegar em segurança aos EUA, seja aos que agiram diretamente (foram dezenas de pessoas) ou aos que oram por mim”, escreveu. À Jovem Pan, o MEC afirmou que não teve envolvimento na ida de Weintraub ao país.
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