MEC diz que não se envolveu em ida de Weintraub aos EUA

Em resposta à Jovem Pan, a pasta disse ‘que não houve participação do Ministério da Educação no processo de viagem’

  • Por Caio Menezes
  • 13/07/2020 15h11
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Diego Rocha/MEC Ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub deixou o Brasil após sair da pasta

O Ministério da Educação afirmou que não teve envolvimento na ida do ex-ministro Abraham Weintraub para os Estados Unidos. Em resposta à Jovem Pan, via Lei de Acesso à Informação, a pasta informou que “que não houve participação do Ministério da Educação no processo de viagem do Sr. Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub”.

Weintraub foi aos Estados Unidos no dia 20 de junho, dois dias depois de anunciar que deixaria o Ministério da Educação. A exoneração do ministro, no entanto, só foi publicada quando ele já estava na Flórida. O governo federal confirmou que a carta de demissão foi entregue no próprio sábado, 20 de junho, quando o economista não estava mais no Brasil.

O ex-ministro entrou nos Estados Unidos quando a ida de pessoas do Brasil para o país já estava proibida por causa da pandemia da Covid-19. Ainda não se sabe como ele entrou na Flórida, mas a suspeita é de que ele tenha usado um passaporte diplomático, que perdeu a validade com a saída do governo. Na semana seguinte à ida de Weintraub aos EUA, parlamentares fizeram pedidos de explicações à embaixada americana e ao governo federal sobre a viagem. Pelo Twitter, o ex-chefe do MEC informou que foi auxiliado por “dezenas de pessoas” para deixar o país. “Agradeço a todos que me ajudaram a chegar em segurança aos EUA, seja aos que agiram diretamente (foram dezenas de pessoas) ou aos que oram por mim”, escreveu.

Abraham Weintraub foi ministro da Educação por 1 ano e 2 meses, de abril de 2019 a junho deste ano. Ele sucedeu Ricardo Vélez Rodríguez no cargo e foi substituído por Carlos Decotelli, que sequer chegou a tomar posse. Na sexta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro anunciou Milton Ribeiro como novo chefe da pasta. Depois de deixar o governo, o economista foi indicado para um cargo no Banco Mundial.

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