Aneel aprova aumento de 52% na taxa extra da conta de luz a partir de julho

Agência determina reajuste da tarifa da bandeira vermelha nível 2 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts/hora (kWh), contra o atual valor de R$ 6,24

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2021 12h23 - Atualizado em 29/06/2021 13h30
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Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência BRasil Linhas de transmissão de energia elétrica vistas de baixo Energia elétrica puxa aumento da inflação em 2021 com aumento da taxa extra sobre a tarifa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 29, o reajuste de 52% na taxa extra da conta de luz a partir de julho. A mudança representa o aumento da tarifa da bandeira vermelha nível 2 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts/hora (kWh), contra o atual valor de R$ 6,24. O novo patamar deve seguir até o fim do ano em meio a pior crise hídrica do país em 91 anos. O sistema de bandeiras foi criado pela Aneel para indicar o custo da energia gerada como forma de estimular o uso consciente dos recursos naturais. A coloração varia entre verde, amarela e vermelha, com patamares 1 e 2. A diretoria decidiu também novos valores para as outras bandeiras. A amarela será de R$ 1,87 a cada 100 kWh, enquanto a vermelha patamar 1, de R$ 3,97 a cada 100 kWh. A bandeira verde, que indica boas condições de geração de energia, é gratuita desde a adoção do sistema, em 2015.

Ministro de Minas e EnergiaBento Albuquerque, fez um pronunciamento em rede nacional de TV e rádio nesta segunda-feira, 28, para falar sobre a crise hídrica que atinge o país e deixou os reservatórios das hidrelétricas em níveis críticos. Em sua fala, o chefe da pasta citou os avanços do sistema elétrico do Brasil e a redução da dependência de usinas hidrelétricas, citando a “expansão das usinas de fontes limpas e renováveis, como eólica, solar e biomassa”. Durante o pronunciamento, o chefe da pasta falou rapidamente sobre o racionamento que vinha sendo cogitado. “Esse quadro [de escassez] provocou a natural preocupação de muitos brasileiros com a possibilidade de racionamento de energia, como aconteceu em 2001. Precisamos deixar claro que o sistema elétrico brasileiro evoluiu muito nos últimos anos. Conseguimos avanços históricos, interligando sistemas em escala nacional, e duplicando as linhas de transmissão. (…) Hoje temos um setor elétrico robusto, que nos traz garantia do fornecimento de energia elétrica aos brasileiros para enfrentar a situação”, disse.

 

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