Após duas perdas, Bolsa fecha em alta de 1,97%; dólar vai a R$ 5,67

Ibovespa abriu a semana recuperando-se das sessões anteriores, beneficiada por alguma acomodação no dólar, por dia positivo em Nova York e por forte desempenho de Vale ON

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2021 19h51 - Atualizado em 05/04/2021 21h00
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Reprodução/Pixabay Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira fecha fevereiro com queda de 4,37%. Em 2021, tombo é de 7,54% Índice conseguiu sustentar os 117 mil pontos no encerramento, após ter flertado com a marca nas três sessões anteriores

Apesar da acentuada correção do petróleo, em queda superior a 4%, com reflexo de moderado a revertido nas ações de Petrobras (PN +0,63%, ON +1,06% no fechamento), o Ibovespa abriu a semana recuperando-se de perdas nas duas sessões anteriores, beneficiado por alguma acomodação no dólar (em baixa de 0,62%, a R$ 5,6798), por dia positivo em Nova York, com ganhos de até 1,67% (Nasdaq), e por forte desempenho de Vale ON (+6,16%), em nova máxima histórica para a ação, negociada a R$ 103,82 bem perto do fechamento. Assim, o índice conseguiu sustentar os 117 mil pontos no encerramento, após ter flertado com a marca nas três sessões anteriores, atingindo agora seu maior nível de fechamento desde 19 de fevereiro (118.430,53). Nesta segunda-feira, o índice da B3 fechou em alta de 1,97%, aos 117.518,44 pontos, com máxima do dia a 117.667,85, pela quarta vez seguida acima do limiar de 117 mil nos respectivos picos intradia, sequência mais elevada desde o intervalo até 22 de fevereiro.

A superação da resistência dos 117 mil é considerada essencial para que o índice recupere o topo intermediário de 120 mil pontos, apontam analistas. Desde o exterior, o apetite por risco nesta segunda-feira foi condicionado pela divulgação na sexta-feira, com mercados fechados, “de dados de emprego muito mais fortes que o esperado, indicando melhora na atividade econômica” nos Estados Unidos, aponta Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos. “Há posição favorável no gráfico, mas também em alguns fundamentos, com preços ainda bons no momento, talvez não tanto quando chegar aos 118 mil, antes de uma reversão que deve vir ali pelos 122 mil, 123 mil pontos”, diz Renato Chain, economista da Parallaxis, chamando atenção em especial para os segmentos financeiro e de commodities, mas também para o de consumo, com preços descontados, embora com recuperação ainda comprometida pelo elevado desemprego e restrição de renda. “Com a forte alta de Vale, pela valorização do minério de ferro e pelo anúncio do programa de recompra de até 5% das ações em circulação, um sinal da empresa para o mercado de que as ações estão baratas, o Ibovespa iniciou a semana desafiando novamente a faixa de 117 mil pontos”, observa Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. “O rompimento desse patamar, que serviu de resistência intermediária em março, será crucial para a retomada da tendência de alta de curto prazo”, acrescenta.

Apesar dos descontos em oferta na B3, o cenário doméstico permanece obscurecido pela progressão ainda lenta da vacinação e pela disputa entre Congresso e equipe econômica, ainda não mediada pelo Palácio do Planalto na forma de vetos, ao Orçamento de 2021. Nesta segunda-feira, em evento da XP Investimentos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi diplomático ao dizer que está “todo mundo junto” na busca de uma solução para o impasse, o que envolve inclusive orientação do Tribunal de Contas da União (TCU) ao governo. Nesta segunda-feira, com giro financeiro a R$ 29,4 bilhões na B3, destaque para Yduqs (+8,67%), Hering (+6,99%) e Vale (+6,16%), as três maiores altas do Ibovespa na sessão. No lado oposto, Cemig cedeu 2,04%, Marfrig, 1,96%, e Qualicorp, 1,28%. Os bancos tiveram desempenho majoritariamente positivo, à exceção de BB ON (-0,13%), enquanto na siderurgia os ganhos chegaram a 2,72% (CSN) no encerramento da sessão.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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