Após fala de Guedes, FMI confirma que fechará escritório no Brasil

Ministro havia informado na quarta-feira, 15, que o governo iria dispensar a missão do órgão no país; sede será fechada até junho de 2022

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2021 10h25 - Atualizado em 16/12/2021 10h40
BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 15/12/2021 O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva de imprensa do Fórum Ministro Paulo Guedes teceu críticas às previsões feitas pelo FMI sobre a economia brasileira

O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou nesta quinta-feira, 16, que fechará o escritório de representação no Brasil, sediado em Brasília. O anúncio ocorre um dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes informar que o governo iria dispensar a missão do órgão no país. Durante participação no Fórum Moderniza Brasil, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Guedes teceu duras críticas às previsões pessimistas do FMI sobre a economia brasileira. “A verdade é que tivemos um desempenho que surpreendeu o mundo. Acharam que ia cair 10%, caiu 4%. Disseram que ia entrar em recessão, voltou em V, com crescimento forte. E agora a desgraça foi rolada para o ano que vem. Vou dizer até com delicadeza que nós estamos dispensando o FMI. Ele estão aqui há bastante tempo, havia bastante desequilíbrio. E eu assinei: ‘Pode voltar, pode passear lá fora’. Achamos melhor eles fazerem previsões em outro lugar”, declarou Guedes na quarta-feira, 15.

Em nota enviada à imprensa, o FMI anunciou o fechamento do escritório. “O FMI concordou com as autoridades brasileiras em encerrar o nosso Escritório de Representação em Brasília até 30 de junho de 2022”, iniciou o comunicado. “Como acontece com muitos outros países membros, o escritório foi aberto durante um acordo de assistência financeira do FMI em 1999; esse era seu propósito inicial. Embora o acordo do FMI com o Brasil tenha terminado em 2005, o escritório foi mantido para facilitar o diálogo entre o corpo técnico do Fundo e as autoridades”, explicou o órgão, que garantiu que, apesar das críticas recebidas, manterá a boa relação com o governo brasileiro. “Esperamos que a alta qualidade do envolvimento do corpo técnico do Fundo com as autoridades brasileiras continue, à medida que trabalhamos para apoiar o Brasil no fortalecimento de sua política econômica e arcabouço institucional”, finalizou.

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